Segundo o BB, desde o primeiro dia da safra 2011/12 (1º de julho passado), as agências da instituição já contratam negócios para a nova safra, com as alterações já aprovadas pelo governo.
O Banco do Brasil desembolsou R$ 39 bilhões na safra 2010-2011, o que representa um incremento de 12% em relação ao ciclo anterior. Para a agricultura empresarial foram destinados R$ 30,2 bilhões. E para a familiar, R$ 8,8 bilhões. De acordo com a instituição, de toda a assistência realizada pelo Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), o BB foi responsável pelo repasse de 77% ao médio produtor rural, 73% para a agricultura familiar e 40% para os demais agricultores.
Os recursos desembolsados em operações de custeio e comercialização somaram R$ 30,7 bilhões, correspondendo a 79% do total de recursos aplicados no crédito rural. As operações de investimento totalizaram R$ 8,3 bilhões, na safra 2010-2011, uma evolução de 14%, em relação ao mesmo período da safra anterior.
O Banco do Brasil decidiu reabilitar 40 mil produtores até agora impedidos de contratar novos empréstimos de crédito rural em razão de haver renegociado dívidas antigas em programas de investimento. O vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias, informou ontem que a medida não seguiu nenhuma resolução oficial ou orientação do governo, mas foi uma decisão interna do banco. "Esses 40 mil não podiam contratar por ter renegociado investimentos. Tiramos esse impedimento e isso é uma forma de desburocratização", afirmou.
A barreira foi imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) à época da última grande repactuação dos débitos. Mas os pagamentos antecipados de boa parte dessas dívidas, cujo volume aumentou de forma significativa nos últimos meses, deu segurança ao BB para ousar.
A decisão do banco cria um "potencial" de R$ 3 bilhões de negócios com esse grupo de produtores, informou o diretor de Agronegócios do BB, Ives Fülber. "Antes de decidir isso, fizemos avaliações das condições financeiras de cada um. Isso não implica em riscos. Haverá garantia real e limites de crédito em cada operação dessa", afirmou.
A medida ajudará o banco a ampliar sua carteira de crédito rural, cuja fatia nesse mercado somou 61,2% no primeiro trimestre deste ano. O volume de empréstimos rurais do banco chegou a R$ 78,3 bilhões. Desse total, 92,2% estavam classificados entre os níveis de risco "AA" e "C", considerados os mais seguros pelo mercado financeiro.
As informações são dos jornais O Estado de S.Paulo e Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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