O balanço anual do BB, divulgado na semana passada, revela que o spread médio cobrado nos empréstimos a empresas subiu, atingindo 7,3 pontos percentuais no quarto trimestre de 2008. O banco federal explica a alta pela "necessidade de maiores despesas com provisões para fazer frente a uma possível deterioração do cenário econômico no decorrer de 2009". Com o mesmo argumento, o banco aumentou o spread dos financiamentos agrícolas em 7,6%, para 5,6 pontos.
Segundo o Banco Central, o lucro do banco, as provisões contra calote, os impostos e o recolhimento compulsório junto à autoridade monetária são os principais componentes do spread bancário. Ao aumentar a margem cobrada nos empréstimos, o BB garantiu maior lucratividade nessas operações.
Ainda de acordo com o balanço do BB, a chamada "margem financeira bruta" dos empréstimos ao agronegócio cresceu 10,2% entre os dois trimestres, para R$ 854 milhões. Essa taxa de expansão foi maior que a evolução das operações de crédito, que avançaram apenas a metade: 5,2%. As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Carlos Alberto de Godoy Bueno
Araçatuba - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 27/02/2009
Aparentemente a melhor atitude para o banco público, em momento de grave crise, seria exatamente a oposta, mediante juros menores, civilizados de acordo com a globalização, de modo a aliviar a ansiedade e a restrição que se vê no mercado.