Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

BB reduz tarifa para produtor do Pronaf

postado em 07/02/2007

6 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

O Banco do Brasil está atendendo reivindicação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), reforçada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), e irá reduzir a tarifa de manutenção da conta corrente do agricultor familiar de todo o Brasil.

A tarifa de manutenção da conta básica cairá dos atuais R$ 8,50 para R$ 5,10 dentro de 45 dias, beneficiando os produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O pedido começou a ser negociado em agosto de 2006.

Segundo a entidade, o agricultor familiar acabava pagando pela manutenção da conta, ao final de um ano, quase o dobro do custo com juros pelos financiamentos do Pronaf, anulando parte dos benefícios do próprio programa. As informações são do Estadão/Agronegócios.

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Comentários

Luciano Andrade Gouveia Vilela

Araguatins - Tocantins - Produção de gado de corte
postado em 07/02/2007

Dois pesos, duas medidas.

Esse pagamento de taxa de manutenção devia ser maior do que os juros, porque os juros são irrisórios ou as condições ridículas. Mostrando mais uma vez que no Brasil tem-se duas agriculturas: A - Grande ou média agricultura - Tratada com descaso; e B - Agricultura Familiar ou proveniente de assentamentos da Reforma Agrária - Tratada com paternalismo e subsidiando a incompetência de produtividade e de mercado.

Só para se ter uma idéia, aqui em Araguatins, que é o município com a maior Reforma Agrária, relativa à área total, do país (21 assentamentos correpondendo a mais ou menos 38% da área total do município), os assentados estão tendo acesso a um capital custeado pelo tesouro nacional ( e consequentemente do contribuinte) de R$ 18.000,00 por família com 6 anos de carência e pagamento anual em 25 anos de parcela fixa de R$ 720,00.

Na atual condução da agropecuária por parte do Governo Federal temos "dois pesos e duas medidas", com dois ministérios trabalhando divergentemente e para públicos diferentes (MDA/INCRA X MAPA), com exigências burocráticas inatingíveis para a agricultura produtiva e facilidades paternalistas deplorando o tesouro nacional para a "agricultura de assistencialismo".

É o famoso ditado "Para os inimigos os rigores da lei; as benesses, apenas para os amigos do Rei"

Adalberto Vuolo Junior

Espírito Santo do Pinhal - São Paulo - Produção de leite
postado em 07/02/2007

Luciano,

Parabéns pela sua colocação, esta é a política que ganhou as eleições, mostra a astúcia do lula (minusculo), é o revés da evolução. Os teimosos produtores empresariais estão se cansando .

Wanderlei Soares

Querência do Norte - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 08/02/2007

Redução de taxas para o produtor do Pronaf.

Mesmo não querendo polemizar o artigo escrito pelo Sr Luciano, não poderia deixar de expor minha opinião a respeito do assunto. O Sr Luciano Andrade Gouveia Vilela, certamente deve ser um grande produtor rural e está enciumado com o pequeno apoio que o agricultor familiar está tendo no momento; seja ele Assentado da reforma agrária ou simplesmente um pequeno agricultor que luta de sol a sol para defender o seu direito de possuir um pequeno pedaço de terra.

Ao contrário do que pensa o Sr Luciano eu acho que não deveria haver nenhuma taxa de manutenção em cima desta classe sofrida e que tanto retorno tem dado ao país, produzindo alimento para manter o cidadão nas grandes metrópoles. O Sr Luciano não disse, mas certamente já deve ter tido o beneplasto do governo em outras épocas com vultosos financiamentos a prazos longos e juros bem acessíveis.

Talvez ele não tenha o conhecimento de que a maior produção brasileira de alimentos vem das pequenas propriedades e de que a agricultura familiar é a menos caloteira dos cofres públicos; de que os lucros auferidos pelos pequenos agricultores circulam em suas próprias comunidades (o que geralmente não acontece com os grandes latifundiários) e de que a permanência do pequeno agricultor no campo, evita o êxodo rural e o enchimento das cidades, o que gera uma despesa enorme para os cofres municipais.

Onde está o seu lado humano e social Sr Luciano, pelo visto acho que o Sr não acredita que o sol nasceu para todos.

Wanderlei Soares (Mineiro)
Emater - Querência do Norte -PR

Luciano Andrade Gouveia Vilela

Araguatins - Tocantins - Produção de gado de corte
postado em 08/02/2007

Sr Wanderlei Soares

Por identificar-se relacionado a Emater suponho que seja um Engenheiro Agrônomo (e neste caso meu colega) ou profissional de outro campo das ciências agrárias.

Posso até ter enganado em supor isso com apenas esse indício; mas quero esclarecer que todas suas suposições a meu respeito não são verdadeiras, mesmo por que elas não tiveram nenhum indício, ainda que tenham sido citadas com um equivocado "certamente".

Apenas descorri esse pensamento embasado em fatos que estão ao meu redor e não em suposições.

Qualquer mau entendido deve ser retificado com relação ao PRONAF e pequenos agricultores familiares.

Mas reforço a observação de que grande parte do dinheiro do "Nosso Tesouro" gasto aqui com os beneficiados da "falida, incompetente, improdutiva e corrupta Reforma Agrária" nada mais é do que um "Bolsa Família" gigante com vultuosas verbas gastas em aquisições de terra e infra-estrutura; e que para continuar a ter eternamente o fim assistencialista de hoje, poderia ser executado mesmo em zonas urbanas de quaisquer pequenos municípios do país.

Pelo menos assim os prefeitos municipais não teriam que socorrer com ambulâncias, nem manter transporte escolar em assentamentos, de difícil acesso e longo percurso, diariamente, dificultando a escolha das prioridades para os parcos recursos.

Basta conhecer esses "projetos", conversar com as pessoas, os prefeitos das cidades, ou observar o desemprego gerado em lugares onde esses "projetos" ultrapassaram o limite do tolerável como aqui, e ter um pouquinho de bom senso para entender o que falei e reforço agora.

Sem nenhum ressentimento, abraço a você e a todos os leitores!

Breno Augusto de Oliveira

Alto Araguaia - Mato Grosso - Consultoria/extensão rural
postado em 11/02/2007

Caro Luciano;

Gostaria de fazer algumas correções:

1- Maior município com produtores familiares brasileiro, vulgo assentados, é Confresa-MT com 6000 famílias assentadas, acessar www.mda.gov.br;

2- Não conheço Pronaf com 25 anos de parcelas, favor me mostrar;

3- Apesar de sua visão ser partenalista do Pronaf, infelizmente é o contrário, está quebrando os produtores familiares, te explico, as políticas e burocracias do BB liberam dinheiro fora de épocas adequadas para inúmeras produções, proposta travadas em 2 ou 3 produtos agropecuários levando a monocultura e desmatamentos para produções em escala;

4- Em quase dois anos de assessoria agroalimentar à agricultura familiar, jamais tive contato com programas ou recursos específicos do MAPA, minto, existe a Conab porém a matogrossense ainda não atua aqui no município.

E algumas colocações:

1- Sem duvida alguma é mais barato aos governantes manter este pessoal esquecido no campo do que nas grandes favelas urbanas evitando despesas com segurança pública, saúde e saneamento básico;

2- No seu estado, se tu tiver interesse, levantar o volume em R$ dos financiamentos à agropecuária patronal e familiar. No estado do MT apenas uma família de sojicultores amazônicos, recebeu de custeio mais de 20% do valor do Pronaf nacional do ano agrícola 2005/2006 que foi mais de R$ 8 bilhões;

3- Como citado pelo Wanderlei grande parte, suspeita de 70%, da cesta básica brasileira é composta por alimentos da agricultura familiar.

Espero ter esclarecido a importância social e econômica da agricultura familiar a tu acredito que seja nacional estes problemas e se tu não concorda com este desconto de R$ 3,40 que começou a ser negociado em agosto de 2006 e só agora saiu, pode ficar tranqüilo que não prejudica e ajuda nenhum produtor rural.

Wanderlei Soares

Querência do Norte - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 12/02/2007

Prezado Sr. Luciano Andrade Gouveia Vilela

Que me perdoe pela análise precipitada e não verdadeira de sua pessoa, é o que desejo. De todo meu coração, peço-lhe desculpas pela minha falha. Sou técnico agrícola que há 34 anos procura defender com galhardia esta nobre profissão; seja na Emater - MG, em firma de planejamento ou na Emater-PR, onde estou há 25 anos.

Talvez pela grande extensão territorial do país, sua grande miscigenação, suas tradições, seus costumes e suas diferenças, existentes em cada estado brasileiro; sejam os motivos maiores de nossa discordância de pensamento e principalmente de conceito a respeito da Reforma Agrária.

Querência do Norte hoje possui 8 assentamentos legalizados pelo Incra, totalizando 638 famílias e 3 áreas ocupadas à espera de definição com 333 famílias, que contrariando o que alguns dizem; só trouxe benefícios para o município, conforme dados a seguir:

Evolução da População Rural e Urbana.
Rural Urbana
1980 2.982 4.763
1990 3.564 6.820
2000 4.431* 7.007
* (um dos quatro municípios da região que aumentou a população rural)

IDHM IDH -Renda IDH-Longevidade. IDH-Educação
1991 - 2000 1991 - 2000 1991 - 2000 1991 -2000
0,636 - 0,705 0,592 - 0,622 0,663 - 0,704 0,652 - 0,789

Devemos ressaltar que a primeira emissão se posse em Querência do Norte se deu em 1995, e é claro que tivemos e temos ainda sérios problemas, (acredito serem bem menores do que os relatados pelo Sr Luciano em seu município), porém foram e estão sendo contornados da melhor maneira possível.

Assim sendo, fica claro o porquê não concordei com suas colocações, pois, por querer o bem de todos, imaginava que em nível nacional, as situações fossem mais ou menos semelhantes. Porém reconheço que as diferenças sempre existiram e sempre existirão; pois são elas que movem as pessoas para práticas mais harmônicas e eficazes.

Também sem nenhum ressentimento.

Cordiais saudações,
Wanderlei Soares (Mineiro)

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade