Pesquisas realizadas na Embrapa Pecuária Sudeste indicam que o controle parasitário deve ser feito com cautela. De acordo com a pesquisadora Ana Carolina Chagas, a manutenção de uma população parasitária baixa é desejável, diante do perigo do estabelecimento da resistência quando se objetiva a eliminação completa dos vermes dos ovinos.
O que ocorre frequentemente é o uso excessivo de vermífugos, elevando os gastos do criador de ovinos com medicamentos antiparasitários e um rápido estabelecimento da resistência na propriedade. Algumas práticas são recomendadas pela Embrapa e podem auxiliar os produtores contra o perigo da resistência.
Segundo a pesquisadora, apenas os animais que realmente precisam de tratamento devem ser vermifugados. O produtor também deve evitar a troca frequente de vermífugos, pois essa prática aumenta a resistência em médio prazo. A alimentação precisa ser adequada a cada categoria animal, porque uma dieta pobre em proteína pode deixar os animais vulneráveis à verminose.
O monitoramento constante do rebanho é uma prática eficiente. O método indicado é o Famacha, que consiste no tratamento seletivo dos animais. Somente aqueles que apresentam sinais graves da doença são vermifugados.
Na estação chuvosa, os ovinos podem ser monitorados a cada 10 dias e, na seca, a cada 20 dias ou mais. O intervalo dependerá principalmente do estado nutricional e da contaminação da pastagem em cada propriedade.
O monitoramento contínuo tem muitas vantagens, como a fácil detecção de outros problemas, como bicheiras, bernes, feridas e feridas, além de permitir o tratamento dos animais antes que maiores prejuízos ocorram. Outra dica aos produtores é a utilização de raças mais tolerantes à verminose.
As informações são da Embrapa, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Roberto Cacciari
Catanduva - São Paulo - Produção de ovinos de corte
postado em 03/03/2014
Aproveitando a citação do artigo, quais raças de ovinos são mais resistentes a verminoses ? Agradeços/abraços !!!