O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está representado pelo secretário de Defesa Agropecuária, Enio Marques; pelo diretor do Departamento de Sanidade Animal (DSA), Guilherme Marques; pelo coordenador-geral de Apoio Laboratorial (CGAL), Jorge Caetano Júnior, e pelo assistente do gabinete do DSA, José Ricardo Lobo.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Enio Marques, a presença da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) no evento incentivou à discussão de uma estratégia mundial no sentido de relacionar a sanidade dos humanos à dos animais e à natureza. "O Brasil foi um dos primeiros a ter uma visão sistêmica integrando meio ambiente, saúde animal e saúde pública. Os planos plurianuais (PPA), criados pelo governo federal, por exemplo, financiam ações de revitalização desde saneamento básico à recuperação de áreas devastadas", ressalta.
Dados da OPAS confirmam que as zoonoses (doenças infecciosas que podem ser transmitidas, em condições naturais, de animais para humanos e inversamente) representam 75% de todas as novas doenças humanas identificadas na última década. O encontro também servirá para a discussão de temas como adoção de novas normas internacionais aplicáveis à prevenção e controle das enfermidades dos animais, bem-estar animal, comércio internacional de animais e produtos de origem animal e eleições para comissões regionais e comissões especializadas da OIE.
Vaca louca
Durante a reunião, o Brasil será reconhecido como país que oferece risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB (conhecida vulgarmente como doença da Vaca Louca). A divulgação da mudança do atual risco controlado está marcada para a próxima quinta-feira, 24 de maio.
O parecer favorável já havia sido indicado pela Comissão Científica para Enfermidades dos Animais e pelo grupo ad hoc EEB da OIE, mas ainda dependia de um período de consulta perante os 178 países membros da OIE. Durante 60 dias, os delegados da entidade puderam solicitar informações complementares e fazer questionamentos à OIE, o que não ocorreu. "Isso mostra que a política de sanidade animal brasileira está alinhada à política mundial. Fizemos o dever de casa e seremos reconhecidos por isso", conclui Enio Marques.
Com a mudança, o Brasil passará a fazer parte de um grupo seleto de 15 países dentre todos os integrantes da OIE. Apesar de nunca ter registrado casos de Vaca Louca, a alteração favorecerá a retomada do mercado de tripas para a União Europeia, a exportação de animais vivos e de carne in natura com osso para países que hoje vetam a entrada de produtos brasileiros, com o argumento de o país estar classificado como risco controlado.
As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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