Em 2007, pelo ranking divulgado ontem, o país conseguiu avançar uma posição e hoje ocupa o 23º lugar, ainda que a taxa de crescimento esteja abaixo da média do Mercosul e seja a menor entre os BRICs (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China).
Segundo a análise da OMC, mais da metade da alta nas exportações ocorreu por causa dos preços, e não do volume embarcado. Em 2007 as exportações brasileiras cresceram 17% em valor, com US$ 161 bilhões. Em 2006, o país havia caído para a 24ª posição no ranking da OMC e, no atual relatório, retoma a posição de 2005. Em volume, porém, o Brasil viu suas vendas crescerem apenas 6,9%.
"A diferença é muito grande e demonstra que parte do aumento das exportações ocorreu mesmo por causa dos preços", confirmou o economista da OMC, Michael Finger.
Apesar de ter subido um lugar na tabela e superado os Emirados Árabes Unidos, o país ainda teve taxas de crescimento das vendas abaixo da China, com 26%, e da Índia, com 20%. Entre os BRICs, é o último, ao lado da Rússia.
Apesar do resultado positivo, para a OMC, o Brasil tem que se preocupar com as tendências futuras. Uma das advertências é para que não passe a depender das exportações de produtos de base. "Obviamente que os fazendeiros estão felizes. Mas será necessário ver o que dizem os demais setores", destacou Finger em reportagem de Jamil Chade, do O Estado de S.Paulo.
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