Apesar de atacar a ideia, o Brasil aceitou a proposta de ajudar países pobres a refazerem seus estoques e de estabelecer regras para frear a especulação no comércio de commodities, reivindicações também de Paris. A França preside o G-20 neste ano e colocou a questão do preço de alimentos e a volatilidade dos mercados como uma das prioridades. Mas no encontro entre negociadores agrícolas, ficou evidente o mal-estar causado pela proposta, mostrando os limites de cooperação do G-20.
Alegando necessidade de controlar a volatilidade dos preços de alimentos, Sarkozy insiste num maior controle sobre a especulação no setor agrícola e, acima de tudo, na criação de uma espécie de estoque mundial de alimentos. Na diplomacia brasileira, a ideia é conhecida como "Conab Mundial" e é vista como uma tentativa perigosa de intervir nos mercados globais, exatamente quando a renda para as exportações brasileiras atinge uma alta recorde.
Para o governo brasileiro, o debate é "legítimo". Mas não há como estabelecer um controle mundial sobre preços de alimentos, como quer a França. Na sexta-feira (21), o Itamaraty deixou claro que a intervenção criaria ainda mais distorção no mercado agrícola e abriria portas para que países ricos usassem as novas regras para favorecer seus produtores.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Dario Kitazono França
Ribeirão Preto - São Paulo - Industria de Petfood
postado em 24/01/2011
Concordo com a posição do governo Brasileiro e Americano, contra a proposta de controle de preços sobre as commodities agricolas.
Sou a favor do estudo de viabilizar um "estoque mundial", mas jamais controle governamental de preços, que por sua vez beneficiaria somente uma parte da cadeia, ou na verdade criaria problemas ainda maiores.