A formalização da aliança foi feita em Buenos Aires, na Argentina, com a presença do ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, do vice-presidente da entidade, Sergio Bortolozzo, e de representantes da National Corn Growers Association (NCGA) e da US Grains Council (USGC), instituições que representam o setor nos Estados Unidos, e da Maizar, associação dos produtores de milho da Argentina.
Juntas, as entidades trabalharão pela sincronia regulatória entre mercados produtores e mercados compradores, além de promover a importância da biotecnologia para aumentar a produtividade. Como países exportadores de milho, Brasil, Argentina, Estados Unidos e Brasil enfrentam as mesmas barreiras para a venda global do milho e de seus subprodutos. Hoje, os três países representam, juntos, 50% da produção e 70% das exportações mundiais do cereal.
Alysson Paolinelli explica que a intenção de formar uma aliança começou no ano passado, após alguns encontros entre as associações. “Somos os três maiores exportadores de milho do mundo e compartilhamos do mesmo ponto de vista. Formando uma aliança internacional teremos ainda mais força para defender os benefícios da agricultura moderna e enfrentar as barreiras e os obstáculos do comércio global à introdução de novas tecnologias agrícolas, em particular à biotecnologia”, explica.
Para as entidades, a adoção da tecnologia na agricultura é fundamental para atender a crescente demanda global por alimentos. Neste cenário, a biotecnologia agrícola é uma boa solução na produção de milho, pois aumenta a produtividade e a qualidade dos grãos, reduz a intensidade do uso de produtos químicos e fertilizantes, conserva o meio-ambiente, entre outros benefícios.
Porém, o tempo necessário para as tecnologias de novas colheitas chegarem ao mercado aumentou significativamente devido aos atrasos nos processos de aprovação dos países produtores e importadores, o que tem dificultado a vida dos agricultores nos três países. “As autoridades governamentais e os cientistas do mundo todo reconhecem a segurança da biotecnologia, mas os atrasos na aprovação de novos eventos, por questões técnicas e políticas, continuam criando problemas comerciais efetivos e potenciais, a exemplo das dificuldades que o Brasil e a Argentina têm enfrentado neste momento com a não-aprovação pela China de 19 novos eventos biotecnológicos”, analisa o vice-presidente da Abramilho, Sérgio Bortolozzo
“É imprescindível que os governos do mundo todo reexaminem as regulamentações dos produtos derivados da biotecnologia. A inexistência de políticas regulamentares e comerciais práticas está impondo um ônus exorbitante na inovação”, defende o ex-ministro Paolinelli.
O foco da Maizall Alliance é a colaboração global para abordar questões relativas à segurança de alimentos, biotecnologia, liderança, comércio e imagem dos produtores. Inicialmente, estarão em pautas questões como: comunicação sobre a agricultura moderna; aprovações globais assíncronas e assimétricas; e harmonização de políticas regulamentares nas Américas. A presidência da aliança será rotativa entre os três países. Neste primeiro momento, os EUA ocuparão a presidência, o Brasil a primeira vice-presidência e a Argentina, a segunda vice-presidência.
As informações são do Agrolink, adaptadas pela equipe AgriPoint.
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