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Brasil: Ipea aponta trajetória de superação da crise

postado em 03/07/2009

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta quinta-feira, 02, a Carta de Conjuntura de junho. O documento, que analisa o nível de atividade econômica, emprego, inflação, setor externo, finanças públicas e crédito e mercado financeiro, revela a tendência de superação da economia brasileira após a pior fase da crise mundial. "A recuperação da crise é bastante clara neste momento, em todas as variáveis", afirmou o diretor de Estudos Macroeconômicos do Ipea, João Sicsú.

Alguns dados que comprovam o anunciado são: o mês de maio manteve a trajetória de crescimento do mercado de trabalho formal no Brasil - o saldo de emprego total ficou positivo, com a criação de 131,5 mil postos de trabalho; os estoques das indústrias começaram a se recuperar, assim como o nível de utilização da capacidade; o saldo comercial tem melhorado e a inflação segue em queda.

PIB

De acordo com Sicsú, a queda do PIB no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009 é também resultado da política monetária implementada pelo Banco Central no ano passado, quando as taxas de juros foram elevadas. "O normal é que isso tenha impacto sobre a taxa real de crescimento num período de seis a nove meses depois. Então, já era esperada a desaceleração do ritmo de crescimento, independentemente da crise", declarou.

Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões (GAP) do Ipea, lembrou que, pelo lado da oferta, o setor que puxa a economia para baixo é a indústria. Para Messenberg, esta crise, ao contrário das anteriores no Brasil, não foi causada por choques de oferta ou endividamento - mas "basicamente pela dependência de crédito internacional". "Não temos mecanismo de fornecimento de credito doméstico que possa financiar investimento, empresas, projetos de longo prazo", afirmou. Segundo ele, esse perfil de crise está mais associado a economias desenvolvidas.

Messenberg sugeriu um leve incremento nas alíquotas tributárias do setor de serviços para subsidiar a indústria e destacou o efeito nocivo da valorização do câmbio para a dívida pública. Sicsú propôs um imposto regulatório - e não arrecadatório - que ajude a evitar a valorização do câmbio baseada na atração de investimento financeiro internacional. "Seria uma medida extremamente amigável, pois reduziria a atratividade financeira do país perante o mundo sem reduzir atratividade industrial e comercial que já temos. Seria um imposto sobre a entrada de capitais especulativos de curto prazo", concluiu.

As informações são do Ipea, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

Sid Ton Alves

Vila Valério - Espírito Santo - Produção de café
postado em 06/07/2009

Olá,

Nós, produtores de café conilon do Espírito Santo, estamos desanimados com o preço do café, portanto gostaria de saber, quando essa situaçao poderá melhorar.

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