Conforme o instituto, o número de habitantes diminuirá a partir de 2043, depois de um período de baixíssimo crescimento, e chegará a 218,173 milhões em 2060. O recorde da população, de acordo com as projeções, será de 228,350 milhões de habitantes, em 2042. A queda no número de brasileiros começará mais tarde e será mais lenta do que a estimativa divulgada em 2008, quando o IBGE previa redução do número de habitantes a partir de 2040.
Há cinco anos, o IBGE calculou que a população atingiria 215,287 milhões em 2050, enquanto a projeção divulgada agora é de 226,347 milhões de habitantes naquele ano. Também houve mudança em relação à expectativa de vida, que aumentou mais devagar do que o previsto inicialmente. Os brasileiros vivem mais, porém não tanto quando o previsto.
Ao mesmo tempo, a previsão de 2008 era de que o Brasil só bateria a marca dos 200 milhões de habitantes em 2015. A população brasileira de 2060 voltará ao patamar de 2025, quando o País, segundo as projeções, terá 218,330 milhões de habitantes. No período de 60 anos, entre 2000 e 2060, a população crescerá 25,8%.
O cálculo do número de habitantes de 2000 e de 2010 que constam da projeção são diferentes, no entanto, dos resultados dos Censos desses dois anos. O Censo 2010 apontou 190,755 milhões de habitantes, enquanto a projeção fala em 195,497 milhões. Conforme técnicos do IBGE, a diferença deve-se ao fato de que as projeções são feitas com base em cálculos matemáticos, enquanto o resultado final do Censo reproduz a resposta dos entrevistados.
A queda da população é reflexo da diminuição da taxa de fecundidade (média de filhos por mulher), que já ficou abaixo do nível de reposição (de 2 filhos por mulher) em 2010. De acordo com o estudo, a taxa de fecundidade cairá de 1,87 em 2010 para 1,50 em 2034 e ficará neste patamar até 2060.
Rio Grande do Sul e Piauí
Os números por Estado, que o IBGE apresenta apenas para até 2030, mostram que no Piauí e Rio Grande do Sul a redução da população será anterior ao resultado nacional. Entre 2029 e 2030, a população gaúcha cairá, afirmam as projeções, de 11.544.082 habitantes para 11.542.948. No Piauí, passará de 3.242.491 habitantes em 2025 para 3.241.853 em 2026, e em 2030 estará em 3.232.330. Nos dois casos, a redução acontece apenas na população masculina.
Embora sejam Estados com indicadores sociais muito diferentes, a explicação para a redução da população tanto no Piauí quanto no Rio Grande do Sul não é o número de mortes maior que de nascimentos, mas a perda de moradores, que migram para outros Estados. Nos dois casos, o saldo de migrantes é negativo - haverá mais pessoas saindo do que chegando a esses Estados, fenômeno que já acontece desde a década passada.
Mortalidade infantil
De acordo com as projeções do IBGE, o Brasil chegará a 2060 com taxa de mortalidade infantil de 7,12 bebês de até 1 ano mortos por mil nascidos vivos. Daqui a quase 50 anos, o País alcançará a taxa de hoje do Chile e ainda estará distante de Cuba (menos de 5 mortos por mil nascidos vivos) e mais ainda de países como Japão, Islândia e Suécia (menos de 3 mortos por mil nascidos vivos). A taxa brasileira de 2060 será menos da metade daquela estimada pelo IBGE para 2013, de 15 mortos por mil nascidos vivos.
Expectativa de vida
Em 2060, o País terá 5 milhões de idosos com 90 anos de idade ou mais, diz estudo do IBGE. É uma população mais de dez vezes maior que a atual, estimada em 473 mil pelo IBGE em 2013. A expectativa de vida em 2060 chegará a 81,2 anos (81 anos e dois meses), sendo 78 anos para os homens e 84,42 (84 anos e cinco meses) para as mulheres. Em 2008, a projeção divulgada pelo IBGE era mais otimista e calculava que em 2050 a expectativa de vida do brasileiro chegaria a 81,3 anos (81 anos e três meses).
Agora, a projeção para 2050 é de 80,7 anos (80 anos e 8 meses). A estimativa de expectativa de vida para 2013 é de 74,84 anos (74 anos e 10 meses), sendo 71,25 para homens (71 anos e três meses) e 78,51 para mulheres (71 anos e seis meses) para mulheres.
As informações são do Estadão.
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