Para ela, o aperfeiçoamento do seguro agrícola depende da criação de um cadastro único do produtor rural que reunirá informações sobre todos os financiamentos concedidos aos produtores rurais, níveis tecnológicos utilizados, produtividade, produção, área plantada e culturas desenvolvidas. A adesão dos produtores rurais ao cadastro não será obrigatória, mas quem aderir terá a subvenção para contratação das apólices. A partir dos dados armazenados no cadastro único será possível avaliar melhor o risco de cada operação, barateando os custos.
A proposta da CNA tem sido discutida com o governo federal desde 2008. “Será uma espécie de extensão rural indireta. Ou o produto aplica a tecnologia ou não terá acesso ao seguro”, afirmou Kátia Abreu.
Com o cadastro único, será possível fazer o mapeamento do perfil de cada produtor rural que aderir ao modelo, melhorando a definição da política pública e reduzindo os custos para o produtor e para o Governo. “Precisamos ter um histórico dos produtores, um cadastro do seguro e da subvenção para acabar com as injustiças que há no País e tirar o produtor da escuridão de informações”, afirmou.
Na audiência, a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, afirmou que o seguro rural deve ter a participação dos produtores, mas que o governo deve tratar o tema como prioridade. “O programa de subvenção do governo é bom, mas ainda não atingiu o estágio de maturação necessário. Nós, da CNA, queremos melhorá-lo porque nossa intenção é atender a todos: produtores, seguradoras e governo”, avaliou.
Para a superintendente, a atual política agrícola do país não acompanha o desenvolvimento do agronegócio. “A posição da CNA é de estruturar o mercado de seguro com a participação do governo, criar um cadastro único e organizar o ambiente institucional. Com o cadastro único, será possível repassar a subvenção diretamente ao produtor rural, possibilitando que ele escolha a seguradora que melhor lhe atenda . Hoje não temos concorrência e essa falta de concorrência impede o desenvolvimento do mercado de seguro rural”, explicou.
As informações são da Assessoria de Comunicação CNA, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
Roney Jose da Veiga
Honório Serpa - Paraná - Produção de leite
postado em 09/09/2013
Eu apenas gostaria de saber de qual Seguro Agrícola nossa Senadora está falando!!
Senadora, os produtores rurais desse país, com exceção aos pronafianos, NAO tem nenhum tipo de seguro que realmente garanta renda ao produtor em casos de intempéries!! Não sei se a Senhora Senadora sabe, mas praticamente todos os tipos de seguro agrícola garantem apenas o investimento que a Instituição financeira fez , quando empresta dinheiro para o custeio das lavouras.
O que realmente precisamos é de uma seguridade que garanta renda ao produtor!
A questão do cadastro, como forma de saber qual o nível tecnológico que o produtor utiliza é uma idéia falsa! Quando se faz o projeto de custeio, ali já se diz qual o nível tecnológico que será implementado na lavoura. e arrisco dizer mais, os parasitas de PROAGRO são os pronafianos, que em sua grande maioria não aplicam os recursos destinados as lavouras nas lavouras, justamente por saber que o Desgoverno, pra eles, sempre tem dinheiro. Os médios e grandes não ousam desviar o dinheiro do plantio para outros destinos, justamente sob pena de colher pouco e comprometer mais ainda a renda em caso de intempéries climáticas.
Então cara Senadora, antes de criar mais um cadastro, crie um seguro que garanta ao produtor uma renda, e não um seguro que aumente os lucros e garantias de Bancos que lucram cada vez mais as custas do trabalho alheio!