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Cade: crise pode incentivar formação de cartéis

postado em 20/10/2008

1 comentário
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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça declara que a crise econômica mundial deve provocar alterações no movimento de fusões e aquisições, diminuindo os casos de fusões simples, motivadas pela concessão de crédito pelos bancos de investimentos.

Segundo o Cade, operações nas quais empresas são adquiridas por causa de resultados adversos, como, por exemplo, prejuízos decorrentes da dívida atrelada ao dólar devem crescer. "A tendência geral é que haja uma queda nas fusões e aquisições", afirmou o conselheiro Olavo Chinaglia. "Mas é claro que há empresários que buscam oportunidades em momentos de crise e fazem aquisições de companhias em situações difíceis."

Para o presidente em exercício do Cade, Paulo Furquim,existe queda no valor dos ativos de grandes empresas, mas enfatizou que ainda não se configurou queda na produção. "Os efeitos da crise ainda estão por vir. A economia brasileira não está diminuindo. A projeção do PIB para 2009 também é de crescimento. Isso significa que as empresas, na média, vão produzir mais."

A crise internacional também poderá levar a um aumento nos casos de cartel. Alguns empresários podem tentar compensar as perdas nas margens de lucros, realizando acordos de preços com concorrentes. Se as dificuldades atingirem setores inteiros da economia, os empresários podem alegar ao Cade a necessidade de realizarem "cartéis de crise". Essa figura ocorre quando um determinado setor vive um momento de dificuldade tão intenso que pede ao Cade autorização para cotar preços uniformes aos consumidores.

A matéria é de Juliano Basile, publicada no jornal Valor econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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Comentários

Rodrigo Belintani Swain

São Paulo - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 20/10/2008

Sabe-se que a crise apenas se iniciou com a quebra dos bancos, agora com recursos escassos, é a vez das empresas que pegavam financiamentos para pagar contas, pagar funcionários, se não conseguirem estes recursos vão quebrar; não são poucas.

Fico com receio porque o produtor sempre é o último a ser avisado, vamos ter uma produção grande, com custos altos e o preço de venda é incerto e está sendo indicado para baixo.

No caso do boi, o preço vai permanecer por volta dos noventa reais durante 1 a 2 anos, mas quando a escasses de animais acabar, com o aumento do n° de matrizes, ninguém segura mais o preço da @.

Vamos abrir o olho.

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