O estoque de milho nos Estados Unidos foi estimado em 24,06 milhões de toneladas, o equivalente a 7,6% da demanda interna que na temporada 2007/08 está projetada em 263,46 milhões de toneladas.
"No ano passado, a relação estoque e demanda foi de 8,1%. A média histórica é de 21,6%", comparou Leonardo Sologuren, sócio-diretor da Céleres em reportagem de Fabiana Batista, da Gazeta Mercantil.
Segundo o USDA, do total de milho consumido internamente, 86,4 milhões de toneladas serão destinados à produção de etanol, volume que na safra 2006/07 foi de 54,6 milhões de toneladas, alta de 58%. Como conseqüência, foi reiterada a expectativa de queda de 10% nas exportações de milho, reduzindo para 50,1 milhões de toneladas, ante os 55,8 milhões de toneladas da 2006/07. "Esse cenário abre mais oportunidades para as vendas externas de milho do Brasil em 2008", avaliou o sócio-diretor da Céleres.
Com isso, os preços do milho devem voltar ao patamar de US$ 4,00/bushel para contratos futuros com vencimento no segundo semestre. Na sexta-feira, o contrato com vencimento em setembro encerrou o pregão a US$ 3,73 por bushel.
No caso da soja, o USDA projetou produtividade de 41,5 bushels por acre, o que significaria o quarto ano consecutivo de boa produtividade. "Mas, a soja ainda nem foi plantada. O risco climático é grande. Há muitas etapas pela frente", ponderou Terracini.
Joabe Jobson de Oliveira Pimentel
Viçosa - Minas Gerais - Pesquisa/ensino
postado em 16/05/2007
Pergunta-se: Os Estados Unidos teriam condições de aumentar a sua produção de milho em relação aos níveis atuais, em quantidade suficiente para atender a produção de etanol sem prejudicar a produção de produtos de origem animal.