O primeiro país da América do Norte que decidiu realizar a análise de risco para a carne ovina uruguaia foi os Estados Unidos. A análise também já foi finalizada e aprovada, mas, apesar de terem passado vários meses, ainda não foi publicada norma no Registro Federal. Uma vez publicada a norma, haverá um período de 60 dias de consulta pública e, posteriormente, haverá abertura do mercado.
Enquanto se negociava com as autoridades dos EUA, a Direção Geral de Serviços Pecuários do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai enviou ao Canadá a mesma informação que os EUA usariam para realizar as análises de risco. Foram dados das amostras sorológicas em ovinos e bovinos que desde 2001 - ano da última epidemia de febre aftosa - são feitas sistematicamente para medir a ausência de atividade viral no campo. Além disso, foram incluídas provas científicas provando a ótima condição sanitária do país e demonstrando que os animais de lã, que não são vacinados desde 1985, seriam os primeiros a ficar doentes se houvesse aftosa, porque não estão imunizados. O Canadá, então, pediu uma ampliação das informações, solicitando mais detalhes, etapa que também foi cumprida com êxito.
Concomitantemente, o Uruguai negociava a abertura do mercado com o México, que importa 56% da carne ovina que consome. O país enviou à Secretaria de Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação (Sagarpa) do México documentação para ser usada na análise de risco. Além disso, nos próximos dias, o embaixador uruguaio, José Ignacio Korzeniak, entregará ao secretário da Sagarpa e seus técnicos "um segundo relatório elaborado pelo MGAP", disse ele. "É uma ampliação do relatório. Para nós, que pagamos tarifa preferencial, o México é um mercado muito importante", disse Korzeniak.
A reportagem é do El País, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.
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