A criação da Cooperativa Agroindustrial de Ovinocultores - Coopercapanna Carnes Nobres, há dois anos e meio, contribui para a popularização deste tipo de carne no Norte do Paraná. A entidade abate semanalmente uma média de 60 animais - número que triplica em novembro e dezembro - e entrega a carne todas as quintas-feiras em dezenas de estabelecimentos de Londrina, Cambé, Ibiporã, Rolândia, Arapongas e Cornélio Procópio.
A cooperativa só trabalha com cordeiros de três a oito meses de idade. Os estabelecimentos comerciais recebem a carcaça e fazem os cortes de acordo com a preferência de sua clientela. A Coopercapanna atende hoje entre 30% e 35% do mercado de Londrina e região. O restante - a maior parte - vem do Uruguai e também há carcaças de origem clandestina.
Apesar da popularização, este tipo de carne nobre ainda é privilégio do comércio das regiões centrais das cidades, cujo público alvo são as classes A e B. Os preços variam de acordo com os cortes especiais. Entre eles estão o carré (tipo francês e filé), o pernil (peça inteira e fatiado), a paleta, e a costelinha - o cordeiro também é vendido inteiro e desossado.
O consumidor de carne de cordeiro precisa ficar atento à procedência. O presidente da Coopercapanna Carnes Nobres, Ricardo Luca, afirma que o consumidor deve pedir para ver a carcaça com o carimbo de sua origem nas casas de carnes e supermercados.
''Na nossa cooperativa, por exemplo, toda carcaça sai com o nome do produtor. É carne rastreada, se houver alguma reclamação de consumidor teremos como identificar o problema. O abate é feito de acordo com as normas de inspeção sanitária e depois de abatido o animal é resfriado em câmara fria. Isso tudo garante qualidade ao consumidor'', observa.
A reportagem é de Gisele Mendonça para o jornal Folha de Londrina, resumida e adaptada pela equipe FarmPoint.
Nei Antonio Kukla
Porto União - Santa Catarina - Consultoria/extensão rural
postado em 29/10/2008
A exemplo da Cooperativa e da Casa de Carnes acredito que uma campanha junto a açougues e mercados para estamparem em suas gôndolas "na primeira fila" onde todo mundo possa enxergar cortes de cordeiro seria uma estratégia interessante para despertar cada vez mais o hábito de consumo da carne ovina.
Práticas como degustação, associação da carne com cerveja por exemplo, seriam ferramentas de marketing que ajudariam muito a deslanchar o consumo.