O evento foi aberto pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e presidente do Conselho Deliberativo do Senar-CE, Flávio Sabpya, que explicou a importância e o porquê da localização do Centro de Excelência em Ovinocaprinocultura em Sobral. Segundo ele, a unidade vem somar com a Embrapa Caprinos e Ovinos, com sede também em Sobral, unindo a pesquisa com a extensão, no sentido de aprimorar cada vez mais os conhecimentos dos produtores e de suas famílias. Além disso, ressaltou, a cidade tem duas escolas de formação superior, uma de Medicina Veterinária, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), e outra de Zootecnia, da Universidade Vale do Acaraú (UVA), podendo fornecer os professores para o Centro.
O superintendente do Senar-CE, Paulo Hélder de Alencar Braga, informou que o terreno da sede do Centro de Excelência já foi doado pelo Governo do Estado, devendo ocupar uma área de dois hectares, e que a obra será iniciada ainda esse ano para funcionar a partir de 2015. A unidade vai formar técnicos de nível médio, com habilitação ou especialização técnica. “A nossa excelência vai estar centrada na inovação e na qualidade do ensino”, ressaltou o superintendente do Senar-CE.
Para o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Evandro Holanda, o Centro de Excelência do Senar em Sobral é uma grande iniciativa para apoiar a inovação tecnológica das cadeias produtivas dos produtos de caprinos e ovinos, ampliando as oportunidades de inclusão sócio-produtiva e da empregabilidade no meio rural.
Participam do encontro produtores da região, técnicos da Embrapa Caprinos e Ovinos, da UECE, da UVA, da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, membros da Comissão de Ovinocaprinocultura da CNA, técnicos e produtores do Rio Grande do Sul, Brasília, produtores de Minas Gerais, Brasília e Ceará, instrutores e técnicos do Senar e Sebrae, do Clube do Berro, da Câmara Setorial da Caprinovinocultura junto a Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), empresários, presidentes de sindicatos rurais e da Organização das Cooperativas do Ceará.
Equipe do SENAR apresentou o novo projeto
O evento foi coordenado pelo chefe do Departamento de Inovação e Conhecimento (DIC) do Senar, Luís Tadeu Prudente Santos; pela assessora técnica do Senar, Fernanda Leite; e pelas consultoras Regina Torres e Célia Steiner, que apresentaram o novo projeto da entidade como uma necessidade importante no avanço do agronegócio no país. Regina Torres citou números que impactam na capacitação dos jovens no processo de educação, como por exemplo: segundo o Censo/IBGE (2010), entre os 51 milhões da população jovem, 8 milhões vivem na zona rural, dos quais 1,2 milhão já estão com idade para cursar o ensino técnico de nível médio. "Isso representa um grande desafio para os Centros de Excelência que, com certeza, proporcionarão um novo futuro para a população rural, com novas oportunidades de emprego", destacou. Na visão de Regina, na grade curricular do Centro de Excelência há necessidade de incluir a área de empreendedorismo, inovação e gestão de negócios.
“O Senar tem uma grande contribuição a oferecer a esses jovens para que retornem e permaneçam no campo, atuando na área da educação continuada, da educação formal, por meio da oferta de cursos técnicos de nível médio, presencial e a distância e através dos cursos da Rede e-Tec e do Pronatec”, disse a assessora técnica Fernanda Leite.
O grande objetivo dos Centros de Excelência é contribuir para a competitividade e o desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro através da qualificação profissional de produtores e trabalhadores rurais, da capacitação de técnicos para atuar na assistência técnica rural, da formação de técnicos de nível médio e do incentivo à pesquisa, ao empreendedorismo e inovação.
A duração do curso terá carga horária mínima de 1.200 horas, nas modalidades presencial e a distância, proporcionando maior flexibilidade aos alunos com aulas teóricas e práticas.
O projeto envolve mais oito estados: Minas Gerais (Cafeicultura); Mato Grosso do Sul (Cana-de-Açúcar e Bovinocultura de Corte); Mato Grosso (Grãos, Fibras e Oleaginosas); Bahia (Fruticultura); Pará (Palma de Óleo); Goiás (Bovinocultura de Leite); Distrito Federal (Gestão e Empreendedorismo) e Tocantins (Florestas).
As informações são do SENAR CE, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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