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Célio Porto: balanço das exportações do agronegócio

postado em 30/12/2008

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O Brasil tem demonstrado, nos últimos anos, saber aproveitar as oportunidades para ocupar novos mercados. A afirmação é do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, que acredita que mesmo com a crise financeira, o País continuará sendo um grande exportador de produtos agropecuários. "Quando os preços caem, como está ocorrendo agora, poucos são tão competitivos quanto o Brasil e, em termos históricos, a agricultura sempre respondeu na forma de estímulo ao câmbio desvalorizado", explicou.

O dirigente vê 2008 como um ano muito positivo para o setor. A alta dos preços dos alimentos, antes da crise econômica mundial, ajudou o País a bater recorde nas exportações. A previsão é de que cheguem a US$ 72 bilhões, com superávit de US$ 60 bilhões. Porto aponta como responsáveis pela alta dos preços, além da especulação, fatores fundamentais como o aumento da demanda na Ásia, principalmente na China, os efeitos das mudanças climáticas sobre a agricultura, o uso de produtos agrícolas, como milho e oleaginosas, para a produção de biocombustíveis nos Estados Unidos e na Europa, respectivamente; e os baixos estoques.

Missões internacionais - Para inserir ainda mais o agronegócio no mercado externo, a SRI realizou, em 2008, 22 missões internacionais com finalidades comerciais e para reuniões com autoridades da área agrícola. "Começamos com Emirados Árabes e Arábia Saudita em fevereiro e terminamos em dezembro, na China", lembrou o secretário. Ele destaca a ida ao Japão, Estados Unidos, Coréia do Sul e Rússia

A agenda de 2008 da secretaria incluiu, ainda, a participação em quatro Comitês Consultivos Agrícolas (CCAs) com Indonésia, Estados Unidos, Canadá e Coréia do Sul e em reuniões de 18 comitês ou grupos de trabalho do Codex Alimentarius, com trabalhos positivos em lácteos, carnes, óleos e açúcar.

Camex - O apoio ao ministro Reinhold Stephanes nas reuniões da Câmara de Comércio Exterior (Camex) também concentrou esforços da secretaria. Em 2008, com a participação direta do Mapa, foram conquistadas a redução do antidumping do glifosato importado da China de 35,8% para 2,9%, a eliminação do antidumping sobre o nitrato de amônia da Rússia (32,1%) e da Ucrânia (19%), além da redução a 0% da Tarifa Externa Comum (TEC) para fosfato bicálcico e binários.

Adidos - Em maio deste ano, as negociações bilaterais ganharam um reforço. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o Decreto Nº 6.464, que institui a função de adido agrícola para atuar nas missões diplomáticas no exterior. Esse especialista em agricultura será responsável por informações mais qualificadas nas negociações, principalmente em temas sanitários e fitossanitários nas embaixadas do Brasil em Buenos Aires (Argentina), Bruxelas (União Européia), Genebra (Suíça), Moscou (Rússia), Pequim (China), Pretória (África do Sul), Tóquio (Japão) e Washington (Estados Unidos). De acordo com o secretário Célio Porto, o processo está em fase de regulamentação do processo seletivo. "A intenção é que possamos designar os adidos até o final do primeiro trimestre de 2009", completou.

As informações são do Mapa, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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