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Cepea: previsão alta de preços agrícolas em 2007

postado em 12/01/2007

1 comentário
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Trabalho realizado por Geraldo Barros, coordenador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), e Fabiana Fontana, pesquisadora da entidade, reforçou a tendência de elevação das cotações dos produtos agropecuários em 2007, com câmbio relativamente estável e bolsas internacionais sinalizando altas. Com esse quadro, de acordo com o estudo, a elevação deve se manter mesmo com o crescimento da produção no Brasil.

Os pesquisadores do Cepea afirmaram que desde o início de 2005, com ênfase em meados de 2006, é possível verificar o crescimento do nível dos preços, comum a todos os produtos analisados nesta ocasião, além da valorização do real. Isso significa que a atratividade das exportações tem sido incrementada pelo aumento dos preços externos.

Em resumo, o trabalho do Cepea lista como os principais motivos para a alta dos preços: o mercado interno parado, mas com maior consumo das faixas de maior renda; o setor externo dinâmico; e a força dos emergentes e da agroenergia. Segundo a análise da entidade, o câmbio não ajuda mas, pelo menos, já não atrapalha. Além disso, o Cepea destaca que alguns produtos já mostram tendência para 2008, sendo que, neste período, os preços tenderiam a estabilizar ou cair.

O trabalho também aborda o fato de que os mercados futuros das principais commodities agrícolas indicam, para 2007, tendência de alta nos preços. Os grãos são exemplos desse crescimento e verificam-se também aumentos nos preços externos do complexo soja e que o Índice de Atratividade tende a evoluir de forma muito próxima ao comportamento dos preços domésticos.

As informações são do jornal DCI.

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Comentários

Wanderlei Soares

Querência do Norte - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 17/01/2007

A previsão do Cepea na pessoa do Geraldo Barros só vem confirmar a continuação das atividades agrícolas no país, porque se nada acontecesse o produtor rural estava fadado ao extermínio. Endividado até o pescoço, maquinário sucateado e preços que não cobriam os custos de produção, estavam inviabilizando a atividade, que a meu ver é o carro-chefe da sustentabilidade de nosso imenso Brasil.

Oxalá que o governo brasileiro olhe com melhores olhos os sofrimentos do produtores rurais, principalmentes dos pequenos agricultores, arrendatários, assentados da reforma agrária, que se somados produzem muito mais do que os grandes latifundiários que quase sempre têm o beneplasto do governo na hora de fazerem seus custeios agrícolas.

Eu que estou junto do agricultor no seu dia a dia sei o que ele passa para sustentar sua família e produzir alimento para sustentar os milhões de brasileiros que vivem nos grandes centros urbanos. Que a previsão do Geraldo Barros não seja só para esta safra, porque o mundo precisa muito e irá precisar ainda mais do produtor rural.

Mineiro/17/01/2007

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