No documento endereçado ao ministro da pasta, Neri Geller, o CFMV argumenta que os médicos veterinários precisam de um instrumento atualizado de consulta para orientá-los quanto à prescrição e ao uso seguro de medicamentos que tenham passado pelo processo de registro no Mapa.
O próprio Ministério da Agricultura enviou uma carta de alerta aos médicos veterinários, na qual ressalta a importância de os profissionais utilizarem somente produtos registrados no órgão. Contudo, no ofício, o CFMV aponta a dificuldade para o médico veterinário se informar sobre a legalidade ou não do medicamento, já que a lista atualmente disponível está desatualizada. Lá, estão relacionados, por exemplo, diversos medicamentos não mais comercializados no Brasil; é o caso do butorfanol (nome comercial Torbugesic), que deixou de ser produzido para cães e gatos. Além disso, a lista do Mapa não atende às necessidades dos profissionais, já que nela consta apenas o nome comercial do produto e do laboratório responsável por ele.
No ofício, o CFMV lembra que, atualmente, a única forma para o médico veterinário verificar a legalidade do registro de um produto é por meio do “Compêndio de Produtos Veterinários”, do Sindicado Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindam). Contudo, lá estão disponíveis apenas os medicamentos de empresas afiliadas ao Sindam, ficando de fora grande parte dos produtos veterinários com registro no Mapa.
Por fim, no documento, o Conselho Federal de Medicina Veterinária faz o seguinte alerta: “O uso de medicamentos ilegais, além de comprometer o nome e reputação do profissional médico veterinário, poderá ocasionar situações diversas, tais como intoxicações, subdosagem e, portanto, ineficácia no tratamento, bem como (e principalmente) riscos à saúde pública, devido a presença de resíduos de medicamentos em produtos de origem animal”.
As informações são da Assessoria de Comunicação do CFMV, adaptadas pela Equipe Nossa Matilha.
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