O consultor argentino, Joaquín Allolio, está convencido de que os produtores não devem ficar parados diante deste cenário, mas sim, ter uma atitude proativa e deixar de ser conservadores. Segundo ele, a conjuntura atual é complicada, mas isso não significa que este panorama se manterá por muito tempo. É necessário seguir trabalhando para defender a qualidade de uma produção de lã que se mantenha com os anos e que tenha prestígio internacional a uma zona tradicionalmente produtora de Magallanes.
Para discutir o problema, foi realizado um evento sobre acondicionamento de lãs para exportação, nas dependências da empresa Standard Wool Chile. O encontro foi organizado pelo Programa de Internacionalização para Agricultura Campesina (Piac), dependente do ProChile.
O acondicionamento da lã é o primeiro passo para obter uma adequada classificação do produto. "Há uma demanda real dos pecuaristas que querem apresentar seus produtos com a melhor informação disponível, já que isso se reflete no preço".
Durante o evento foram abordados temas como classes de lãs que existem, raças ovinas predominantes e os novos cruzamentos, a situação atual do mercado e as exigências técnicas e de performance dos mercados internacionais. Também se incluiu o manejo adequado da lã e o trabalho prático de acondicionamento.
Apesar do prestígio que a qualidade da lã de Magallanes tem, Allolio demonstrou preocupação com a forma como está sendo feita a tosquia, já que não há nenhum protocolo na zona que indique como a lã deve ser tosquiada e acondicionada.
Na Argentina, foram importadas idéias da Austrália e da Nova Zelândia e se modificaram algumas técnicas a respeito. Assim, foram criados protocolos que permitiram sistematizar o processo e certificar a qualidade da lã.
A reportagem é do La Prensa Austral, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.
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