O preço alcançado é 72% superior ao registrado em maio de 2011 e quatro vezes maior que o preço registrado há uma década, detalha o documento de Indicadores Ovinos nº 7, publicado pelo Consórcio Ovino, entidade criada em 2007 e que tem por objetivo ajudar os produtores, fornecer tecnologia e capacidades que lhes permitam gerar uma oferta produtiva de alta qualidade nos mercados local e internacional. O órgão conta com o co-financiamento do Ministério da Agricultura, através da Fundação para a Inovação Agrária (FIA) e é integrado pelas seis principais empresas do setor e pelo Instituto de Pesquisas Agrárias (INIA).
Para o Consórcio Ovino, a expectativa é que os valores se mantenham estáveis nos mercados internacionais, bem como a quantidade de carne disponível para exportação. Tudo isso leva à precisão que, até o final desse ano, se superariam os US$ 57 milhões exportados em 2010, o valor mais alto desde que a indústria começou a enviar sua produção ao exterior.
O volume das exportações tem crescido - nos últimos 10 anos -, fruto das condições de mercado, de uma política de inserção internacional e o esforço tecnológico importante das empresas que permitiu duplicar o volume exportado, destaca o documento do Consórcio.
Assim, apesar de o Chile estar em novo lugar na produção de carne ovina na América, em exportações está em quarto lugar, com 6.800 toneladas exportadas em 2010. Isso porque os preços médios alcançados por sua oferta estão entre os mais altos do continente, chegando a ser 30% superiores ao de seus competidores.
A carne ovina chilena é exportada a mais de 10 países, sendo os da União Europeia (UE) quem concentram a maior porcentagem dos envios, indica o informe, detalhando que os principais compradores individuais são Espanha, com 42,8%; Reino Unido, com 11,6% e Holanda, com 9,8%.
A lã ovina, assim como a carne, tem se beneficiado da redução dos estoques ovinos a nível mundial, de processos de "descomoditização" da fibra natural e do aumento dos preços de seus bens substitutos, como o algodão e a fibra sintética.
As exportações chilenas de lã, embora tenham baixado 4% em volume de janeiro a maio, em valor chegaram a US$ 14,2 milhões, com uma alta de 29% graças aos aumentos de entre 4% e 39% dos preços dos produtos. Isso leva a supor que os envios de fibra alcançarão um novo recorde esse ano, como ocorrido em 2010, quando foram exportados US$ 22 milhões, projeta o Consórcio Ovino.
No entanto, o documento adverte que os volumes registrados são mais baixos que os da temporada passada, de forma que é necessário definir mecanismos que permitam ter uma melhor informação com relação à produtividade de safras, a fim de resultar em melhores estimativas para esse ano.
A reportagem é do site http://noticias.123.cl, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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