Batizada de Peng Peng, a ovelha de 1 mês de idade "está crescendo bem e é muito saudável, como uma ovelha normal", afirmou o líder da pesquisa, Du Yutao, do Instituto de Genômica de Pequim, que realizou o projeto com apoio do Instituto de Biologia do Desenvolvimento e Genética da Academia Chinesa de Ciências e da Universidade Shihezi em Xinjiang.
Os pesquisadores inseriram um gene ligado à produção de ácidos graxos poli-insaturados em uma célula retirada da orelha de uma ovelha. A célula foi então inserida em um óvulo que foi implantado no útero de uma ovelha. Segundo Yutao, o gene pertence originalmente ao verme Caenorhabditis elegans, que em estudos anteriores mostrou aumentar a produção desse tipo de gordura.
A China, que tem de alimentar 22% da população mundial, mas possui apenas 7% das terras aráveis do planeta, tem se dedicado nos últimos anos a aumentar a produção interna de grãos, carne e outros produtos alimentícios. Mas há dúvidas a respeito da segurança dos alimentos transgênicos e deve demorar anos para que a carne de animais geneticamente modificados chegue aos mercados do país.
"O governo chinês encoraja projetos envolvendo transgênicos, mas precisamos de uma melhor metodologia e de resultados mais animadores, que provem que as plantas e os animais modificados geneticamente são seguros para o consumo, afirmou o cientista.
Os Estados Unidos são o líder mundial em lavouras transgênicas. A vigilância sanitária do país já aprovou a venda de animais clonados e de suas crias, dizendo que os produtos foram considerados indistinguíveis daqueles oriundos de animais comuns. A empresa de biotecnologia AquaBounty patenteou o salmão transgênico, que se multiplica com o dobro da velocidade do peixe comum.
As informações são do jornal O Estado de São Paulo, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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