No quarto trimestre, o PIB chinês cresceu 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, a menor taxa em sete anos e bem abaixo da expansão de 9% verificada no terceiro trimestre. A demanda, os investimentos e a produção de manufaturas diminuíram nos últimos três meses do ano.
A previsão dos economistas é que a desaceleração continue neste trimestre, levando Pequim a apressar seus esforços para injetar mais dinheiro na economia. São esperados mais cortes de juros, depois de os preços no atacado terem caído em dezembro, pela primeira vez em seis anos. Em novembro, o governo chinês lançou um pacote de investimentos liderados pelo setor de infraestrutura num total de 4 trilhões de yuans. A taxa de juros já sofreu cinco cortes desde setembro, totalizando 2,16 pontos porcentuais.
Inflação
O índice de preços ao consumidor subiu em dezembro 1,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, no menor aumento em mais de dois anos e no oitavo mês seguido de queda da inflação. O índice de preços no atacado recuou 1,1%, a primeira baixa desde 2002. No ano, a inflação chinesa ficou em 5,9%, comparada aos 4,8% de 2007; enquanto os preços no atacado subiram 6,9%, depois de um aumento de 3,1% no ano anterior.
Ao informar os dados, o diretor do Escritório Nacional de Estatísticas, Ma Jiantang, disse que as medidas implementadas pelo governo para estimular a economia tem como alvo tanto as dificuldades imediatas quanto os objetivos de longo prazo. Ele afirmou que o crescimento do PIB chinês em 2008, de 9%, ainda é relativamente acelerado, e que a diminuição do índice de preços ao consumidor em dezembro abre espaço para o governo implementar medidas macroeconômicas.
A matéria, de Hélio Barboza, foi publicada na Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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