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China se consolida como destino para a carne ovina uruguaia

postado em 24/06/2013

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“A China se consolidou como um dos mais importantes importadores de carne ovina uruguaia e colaborou para eliminar a dependência do produto nos mercados da Europa e do Brasil”, destacou o vice-presidente do Frigorifico San Jacinto (Nirea SA), Gastón Scayola, na primeira jornada do ciclo de 2013 da Agro em Foco, realizada no final do mês passado no teatro Larrañaga, em Salto, no Uruguai.

A indústria frigorífica acredita que é muito importante remover a estacionalidade da produção de cordeiros para atender os mercados durante todo o ano. Em geral, os cordeiros entram na invernada em fevereiro e março e saem no mês de agosto. Em sua palestra, Scayola disse que o Uruguai está atendendo vários mercados que estão demandando carne durante todo o ano e destacou a importância de atendê-los em todo o exercício para gerar fidelidade. Destacou ainda a importante entrada do mercado chinês entre os clientes de carne ovina uruguaia. Desde o no passado, o país asiático tem demandado uma quantidade considerável do produto, rompendo a alta dependência que o Uruguai tinha do Brasil e da Europa.

Scayola disse que no ano passado o Uruguai devolveu uma porção de sua cota de carne ovina à União Europeia (UE) mas isso não significou que os abates e as exportações haviam caído, mas sim que a ação originou-se da participação chinesa. Ele disse que em 2012, a demanda europeia se manteve, Brasil pagou preços maiores e a China entrou no mercado. A partir de setembro, as compras de carne ovina da China foram crescendo, não somente do Uruguai, mas também na Nova Zelândia. “O fenômeno não é do Uruguai, mas sim, da China, que demanda mais carne de cordeiro. Temos mercados que podem absorver a oferta e a esperança de desestacionalizar a produção ao máximo para abastecer todos os clientes durante todo o ano”.

Repassando a realidade atual e as perspectivas dos mercados para a carne ovina uruguaia, Scayola disse que a Europa segue em ritmo lento e sem perspectivas de melhora. Ele disse que o cordeiro valia US$ 5 (por quilo). “Vendíamos pernas de cordeiro a US$ 12.000 a toneladas. No ano passado vendemos a US$ 5.500 e, nesse ano, a US$ 6.000 e US$ 6.500 por tonelada. Porém, essa perna de cordeiro sem osso pode ser vendida com osso à China por US$ 5.500 por tonelada, o que equivale a US$ 7.500 sem osso. A China compra cortes e não cartilagens e gordura, nem produtos de baixo valor. No ano passado, comprou todo o assado de cordeiro do Uruguai e, nesse ano, comprou pernas e paletas sem dificuldades. A China é hoje uma realidade e uma excelente promessa”.

Quanto à entrada de carne ovina uruguaia nos Estados Unidos, que segue pendente mesmo terem sido cumpridos todos os trâmites sanitários e burocráticos, considera-se que seria importante a inserção de ovinos de raças produtoras de carne que hoje não têm demanda nos mercados do Uruguai. Por exemplo, o Brasil, não demanda cortes grandes e pesados e esses cortes poderiam ser vendidos aos Estados Unidos. No entanto, se os Estados Unidos abrirem seu mercado para os cortes sem osso, não mudará muito as alternativas de mercado. “A China mudou as alternativas de mercado, porque a carne ovina uruguaia entra com osso e sem osso. A dificuldade é que nossos principais competidores (Austrália e Nova Zelândia) estão muito perto”.

Ele destacou que abriram os mercados do Canadá e do México para carnes sem osso, mas que “para que haja uma mudança importante, é fundamental que a Europa habilite a entrada de carne ovina uruguaia com osso”.

Nos últimos anos, a carne ovina uruguaia teve sua imagem consolidada em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo Scayola, trata-se de um dos pratos mais caros nos principais restaurantes e as pessoas falam “cordeiro uruguaio” e não somente “cordeiro”. O produto não somente atraiu consumidores e distribuidores, mas também, indústrias. Recentemente, a empresa brasileira, Sidercol, instalou-se no Uruguai e está a cargo do Frigorifico Daymán, em Salto. Silvio de Sousa, diretor executivo da empresa, destacou que o Uruguai é uma referência no Brasil quanto à produção ovina e também destacou a institucionalidade público-privada, que enaltece o trabalho do país no setor de carnes.

A reportagem é do http://www.elobservador.com.uy, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
 

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