No caso do açúcar, avalia o Banco Barclays, de Londres, a tendência é que as importações chinesas, que aumentaram 66% em 2010 na comparação com o ano anterior, permaneçam em alta em 2011. No trigo, ainda é difícil calcular o tamanho da quebra que poderá ser causada pelo problema climático, mas o temor é crescente porque a produção e a demanda do país são grandes e, no mercado futuro de Zhenzhou, os preços já atingiram o limite diário de alta de 7% logo no primeiro dia de negociações após o feriado do Ano Novo chinês, segundo o banco.
A China manteve-se autossuficiente em grãos por décadas, por razões de segurança nacional. Seus estoques são segredo de Estado, e qualquer ação chinesa para importar grandes volumes de alimentos costuma alavancar os preços no mercado global. Não por acaso, informou ontem o "China Daily", o governo vai gastar US$ 1 bilhão para combater a seca, que afeta sobretudo regiões no norte. Algumas encaram a mais severa estiagem em seis décadas, e milhões de pessoas sofrem com o racionamento de água.
Também no mercado de trigo, outras incertezas envolvem as ofertas dos EUA, especialmente no Kansas, e do Canadá, onde o risco de atraso do plantio cresceu por causa da neve. Ao mesmo tempo em que há riscos na oferta, do lado da demanda mais países estão importando trigo para garantir seus abastecimentos. Depois que Turquia, Iraque, Argélia e Bangladesh anunciaram ações nessa linha, a Jordânia fez o mesmo.
As informações são do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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