A projeção feita a partir das contas nacionais e da estrutura de gastos dos brasileiros medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que as classes B1 e B2 têm potencial de consumo de R$ 315,6 bilhões e R$ 286,9 bilhões, respectivamente. No caso da classe A1, a cifra atinge R$ 80,2 bilhões e da classe A2, R$ 260,8 bilhões.
Pesquisa apresentada pela financeira Cetelem, do grupo francês BNP Paribas, divulgou uma radiografia da classe C, feita pelo Instituto Ipsos, revelando que a classe C reúne 86,2 milhões de pessoas e é a maioria da população, com 46%.
Só no ano passado, quase 20 milhões de pessoas passaram a fazer parte desse estrato social. A maioria (60%) é egressa das camadas de menor renda, as classes D e E. Crescimento do emprego, facilidade de crédito, estabilidade dos preços e recursos de programas sociais foram o passaporte para a ascensão social dos mais pobres e a formação de uma grande classe média.
A enquete mostra que 16% dos integrantes da classe C pretendem comprar uma casa este ano, um nível recorde. Em 2005, esse indicador estava em 10% e pulou para 14% em 2006. "Nunca a classe C quis adquirir tanto um imóvel como hoje", considerou o diretor de marketing da financeira, Franck Vignard Rosez.
As informações são de reportagem de Márcia De Chiara, do jornal O Estado de S.Paulo.
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