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CNA: "Afirmação e ruptura" será o lema de Kátia Abreu

postado em 17/12/2008

17 comentários
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A senadora Kátia Abreu tomou posse na noite desta terça-feira, 16/12, como nova presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) propondo a afirmação dos produtores rurais na sociedade brasileira através de rupturas no modo do produtor se relacionar com o mercado, o consumidor, o governo e a economia global. (Leia o discurso de posse)


Aos 46 anos, senadora pelos Democratas do Tocantins, Kátia Abreu é a primeira mulher a presidir a CNA. A nova diretoria, composta por cinco membros, assume com um plano estratégico de promover oito projetos inovadores para o campo, como a capacitação do produtor em Responsabilidade Ambiental (Projeto Terra Adorada), a capacitação em Legislação Trabalhista (Projeto Mãos que Trabalham) e os programas de Inclusão Digital Rural, que tem o objetivo de levar a informatização para todos e Campo Futuro, cujo objetivo é que o produtor rural passe a operar regularmente no mercado futuro e se transforme em formador de opinião a respeito da utilização desse mecanismo em sua região. O objetivo desses projetos é promover um choque de globalização nos produtores brasileiros. Essa é uma das faces visíveis da ruptura proposta pela nova direção da CNA.

Uma das propostas da nova diretoria é montar "brigadas" de consultores que percorrerão as propriedades rurais a fim de orientar os produtores, preventivamente, sobre as legislações ambientais e trabalhistas. "A conta da preservação de áreas de cobertura florestal está endereçada a destinatário errado. Que outra atividade econômica, na indústria e nos serviços é compelida, sem a contrapartida de benefícios fiscais, a privar-se do uso econômico de 20% até 80% do seu patrimônio fundiário, que podia ser usado na atividade produtiva? A preservação de áreas de proteção ambiental - uma questão de sobrevivência do planeta - é essencial, insubstituível e irrevogável".

A nova presidente avisa que não vai proteger os infratores. "Ora, depredadores e especuladores, mesmo que sejam proprietários, não podem usar a condição de empresários rurais". A senadora Kátia Abreu também acusou o Estado brasileiro, por sua burocracia e instituições, de "renegar" o produtor rural. "Sempre com profundo mau humor, não nos reconhece", disse ela. "Parece incomodado e considera exótico o fato do agronegócio representar 24% do Produto Interno Bruto, empregar 37% da força de trabalho, gerar 36% das exportações. Qual a proporção da retribuição do Estado ao setor agropecuário? Nem um décimo do valor de tão espantosa participação na economia".

As informações são da Agência CNA, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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Comentários

Antonio Carlos Gonçalves

Pelotas - Rio Grande do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 17/12/2008

Os cinco projetos são muito importantes, tomara que saia do papel no inicio de 2009

José de Assis Belisário

Vitória - Espírito Santo - Estudante
postado em 17/12/2008

Parabenizo a Senadora e agora Presidente da CNA pelas propostas de trabalho aqui apresentadas. Com certeza, inova e fortalece o real papel da CNA. Chega a bom tempo a real necessidade de valorizar a classe produtora e de a CNA prestar importantes serviços ao agronegócio brasileiro.

Eduardo Miori

São Paulo - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 17/12/2008

Finalmente uma liderança real para os produtores rurais.

Os pontos do programa da CNA tem como principal objetivo restaurar a dignidade do produtor rural e reconstruir sua auto-estima.

Nenhuma outra categoria econômica é tão enxovalhada quanto o produtor rural em razão de ações destrutivas de espertalhões quase sempre a mando de políticos e poderosos de outras atividades econômicas. Produtor rural investe, trabalha e produz o que é atestado pelos resultados mostrados no artigo.

A única explicação possível para os ataques que vêm dos mais diversos setores sociais é a má-fé daqueles que tentam passar uma imagem totalmente distorcida do pessoal do campo.

Querem fazer pensar que o produtor rural é um privilegiado que passa seus dias ao ar livre, destruindo a natureza para embolsar polpudos lucros com produtos de baixa qualidade, sem pagar salários ou impostos.

A realidade do campo é de trabalho duro, cumprimento de obrigações e com a mais baixa rentabilidade dentre todas as atividades econômicas.

Investir no campo ninguem quer.

Todo mundo quer ganhar terra de graça para vender imediatamente ou, mais modernamente, todo mundo quer trabalhar para salvar o planeta em escritórios na Avenida Paulista (com ar condicionado, orgãnico é claro) e conferências em Paris ou Nova Iorque, locais considerados verdadeiros santuários da flora e fauna.

A tecnologia é outro argumento faccioso. Enquanto os europeus produzem carne com dioxina cancerígena nós temos que aguentar autoridades do governo estabelecendo regras absurdas para exportação de produtos de tal qualidade como já não há mais no mundo.

Espero que a Katia Abreu esteja falando sério e que consiga pelo menos ativar a consciência crítica dos produtores rurais e da imprensa que cobre o setor, para que um pouco da verdade do campo chegue a quem realmente se interessa pelo país.

Pelo menos espero que sejamos poupados de um pouco das bobagens desonestas que são publicadas diariamente sobre o campo, o produtor e o tarbalhador rural.

Afranio Vasconcelos Barros

Muriaé - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 17/12/2008

Oportuno. Sem dúvida, representa o pensamento da maioria da classe dos produtores rurais. A sociedade e o governo precisam aprender a respeitar a classe, muitas vezes somos tratados como incompetentes ou eternos chorões.

A nova presidente representa uma ruptura do modelo. Que a classe se una em torno destas idéias e que deixemos de ser os eternos submissos.

Martinho Mello de Oliveira

Paranaíba - Mato Grosso do Sul - Produção de leite
postado em 17/12/2008

Toda vez que há mudanças, as esperanças se renovam e trazem alento para continuarmos nossa luta em busca de melhores perspectivas. Que estas intenções da nova diretoria da CNA se transformem em ações que revertam em melhorias para todos os produtores rurais brasileiros.

walterlan rodrigues

brasilandia - Mato Grosso do Sul - Produção de gado de corte
postado em 17/12/2008

O trabalho da senadora Katia na relatoria do projeto que derrubou a CPMF foi excelente e para a nossa classe é importante termos representantes deste quilate frente a nossa entidade máxima que é a CNA.

No entanto tem passado batido a nossa bancada ruralista em determinados projetos que atinge diretamente o bolso do pecuarista. Me refiro a Lei n 11.718/2008 que revogou o parágrafo 4 do art.25 da Lei n. 8.2122/1991 que isentava o pecuarista do recolhimento da contribuição dos 2,3% do funrural na venda de gado entre pecuaristas, incidindo tão somente na comercialização do boi ou vaca gorda quando vendida para o frígorifico. É importante ressaltar que esta contribuição já entrou em vigor a partir do dia 12 de setembro de 2008. É necessário que a bancada ruralista esteja atenta em todas as votações e isto não passe desapercebido.

Vamos torcer para que efetivamente tenhamos na Presidente Katia Abreu aquela figura sensivel as nossas necessidades.

José Oton Prata de Castro

Divino das Laranjeiras - Minas Gerais - Produção de ovinos de corte
postado em 17/12/2008

Parabens senadora Kátia Abreu pela sua ascençao á Presidência da CNA. A esperança dos produtores rurais está depositada em suas mãos. Pelo seu passado de luta temos certeza que não seremos decepcionados. Creio que estamos todos a modificar esse Status Quo, dentro dos parâmetros legais, fazendo ver a sociedade urbana que o produtor rural é um eterno aliado na preservação do meio ambiente e produtor de água. É importante observar que na tragédia que vitimou nossos irmãos de Santa Catarina, não houve deslizamento de áreas com pastagens... é uma caso a ser pensado. Parabens!

José Oton Prata de Castro - Pequeno Produtor Rural.

Marcos Salazar de Paula

Lima Duarte - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 18/12/2008

A informatização do campo pode resolver o problema crônico da distância entre os produtores e suas lideranças. Se a CNA tiver sucesso neste projeto, e estabelecer canais de comunicação com os produtores, seremos finalmente fortes e respeitados. Quanto à questão ambiental, a revisão da atual lei ambiental é urgente e exige competência. Na zona da mata mineira, por exemplo, as grotas são estreitas e os produtores não têm como não usar as poucas baixadas que possuem como área de produção. Praticamente a totalidade das propriedades estão usando APPs e passíveis de multas, prisões, etc. No vale em que está a minha propriedade existem 40 casas, todas em APP. Quando todos estão errados é a lei que deve ser adaptada às peculiaridades regionais.

Tomara que a CNA consiga separar o criminoso ambiental do produtor consciente. Não podemos ficar expostos à ignorância e má fé do governo e de seus agentes. Como cidadãos, temos o direito de sermos tratados como tal, mas só o seremos por nossas ações, nunca por consideração da "corte" (governo) de Brasília. Tomara que a atual direção da CNA consiga ficar mais perto dos produtores que da "corte". A internet pode mudar a capacidade de ação aos produtores e aproximá-los da CNA e das Federações.

Marcos Diaz

Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Pesquisa/ensino
postado em 19/12/2008

Interessante a proposta da CNA, mas este é um prato requentado e por mais de 30 anos temos lido, relido ou ouvido, portanto entendo que estas propostas não são de rupturas. Ruptura é a CNA trabalhar no crescimento sustentável das terras cultiváveis. Este é o começo.

Marcos Antonio Vieira de Castro

Araguaína - Tocantins - Indústria de insumos para a produção
postado em 19/12/2008

Nós que conhecemos de perto o trabalho da senadora Kátia Abreu sabemos a dedicação dela com os compromisssos assumidos. A CNA necessita estreitar o canal de comunicação com o produtor estabelecendo confiança na entidade.

Desejamos sucesso a nova diretoria.

João Carlos Remedio

São José dos Campos - São Paulo - Produção de café
postado em 19/12/2008

Que a senadora Kátia Abreu possa representar bem a agricultura e a pecuária brasileira. Ela com certeza sabe de muitos atalhos para vencer a burocracia e o descaso dispensados aos produtores nacionais.

Quem sabe uma voz feminina possa falar mais alto que muitos homens que fingem nos representar. Boa sorte presidenta, porque empenho eu sei que não lhe faltará.

tadeu de abreu pereira

Goiânia - Goiás - Produção de gado de corte
postado em 19/12/2008

Os projetos da CNA são interessantes e necessitam ser implatados. De fato, há uma enorme distância entre o discurso e a prática, sendo que os produtores a cada dia buscam melhores técnicas e capacitação profissional; todavia, as entidades de classe não conseguem atender tal demanda.

Concordo com o leitor acima (Consultor Marcos Diaz), quando ele afirma que "ruptura é a CNA trabalhar no crescimento sustentável das terras cultiváveis", especialmente no Mato Grosso, Tocantins, Pará e Amazonas.

Patrik Oselame

Água Doce - Santa Catarina - Tecnológo em Gestão de Agronegócios
postado em 19/12/2008

Pelo que se nota, o discurso e a intenção da ilustríssima senadora é bom; porém é preciso alterar o código ambiental brasileiro, pois a realidade das propriedades dos três estados do Sul, é diferente do resto do Brasil, ou seja, não se pode generalizar como se fosse tudo Amazônia. Por exemplo, no sul do pais as propriedades são na grande maioria formadas de médias e pequenas propriedades.

Parabéns para o trabalho da frente parlamentar da (www.fpagropecuaria.com.br) que é a que mais trabalha pelos interesses dos agropecuaristas de modo geral. Também é de se elogioar o nosso ministro Reinold Sthephanes, pois está se mostrando um grande representante da categoria. Sendo assim, espero que tudo caminhe no rumo do pensamento dessas pessoas... Feliz Natal e Próspero Ano Novo a todos, incluindo eu.

Manoel Moreira Campos

Olaria - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 19/12/2008

Senadora Kátia Abreu, seja bem vinda como presidente, representante maior dos produtores rurais, junto a Confederação Nacional da Agricultura. Os produtores rurais precisam de alguém que se faça presente junto ao governo federal. O setor agrícola é responsável por uma importante parcela das exportações brasileiras, trazendo divisas para o país, e na hora que reivindica benefícios para a classe rural, este é reduzido.

O produtor rural é o que mais trabalha, e na partilha do bolo é o que fica com a menor fatia. É justo este tipo de coisa? Tenho a firme esperaça que a senadora Katia Abreu vai reverter este quadro.

Carlos Magno Pereira

Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Controle Agropecuário
postado em 22/12/2008

Excelente as propostas da Presidente Katia Abreu; as mesmas vem inovar esse modelo administrativo que vinda sendo realizado dentro da CNA.

Seja bem vinda Katia!!

oswaldo martins lopes

Ariquemes - Rondônia - Produção de gado de corte
postado em 02/01/2009

Está de parabens a presidente Kátia Abreu. Propostas equilibradas, necessárias. A área urbana precisa, com maior interesse, sem hipocrisia e preconceito inteirar-se das atividades da área rural. A maioria dos reporteres (talvez por desconhecimento,
recuso-me a crer que seja má fé) informa os acontecimentos no campo com visível parcialidade, demonstrando, as vezes, até preconceito aos agricultores e pecuaristas (corte e leite), principalmente quando há invasão de propriedades rurais; este ato que colide com Nossa Carta Magna é sutilmente "justificado" em
desreipeito ao proprietário daquela área de terra, seja ela pequena, média ou grande.

Não sou contrário à reforma agrária, principalmente para verdadeiros trabalhadores rurais.

Então Senadora Kátia vá em fente, com sua tenacidade. Nossos irmãos urbanos, inclusive a mídia carece saber, com respeito, de onde vem o feijão, arroz, leite, óleo(soja), pão (trigo), carne, etc.

emerson spitzmacher

Santa Maria - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 06/01/2009

Bem, agora parece que temos rumos claros a frente da CNA, só falta termos governos que respeitem a agricultura, e dêem seu devido valor. precisamos de uma politica perene para esse setor tão importante em nosso país, entra governo e sai governo e nada muda, só a propaganda de que agora vai.

Precisamos modernizar o campo ja, e instrumentalizar seu desenvolvimento, baixar impostos é o melhor caminho, pois o que é arrecadado nesse setor não é tão significativo para a união quanto é um entrave para o produtor, precisamos da CNA à frente dessa necessidade também.

Parabens Katia, sucesso pra ti e tua diretoria.

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