Em entrevista coletiva na sede da entidade, em Brasília, ela afirmou que a CNA "fará vigilância para que o dinheiro seja disponibilizado ao produtor para plantar e comercializar sua lavoura".
Segundo a senadora, o Tesouro Nacional deve ter maior participação no financiamento da produção agrícola, que hoje representa de 25% a 30% das verbas destinadas ao plantio, custeio e comercialização da lavoura. "As instituições burocratizam os empréstimos para não ter de dizer não ao produtor que pede financiamento para plantar sua lavoura", completou a presidente eleita.
Ela cobrou maior volume de crédito oficial em razão da redução de recursos normalmente disponibilizados pelas tradings, que captam dinheiro no exterior. Antes da crise, as tradings respondiam por aproximadamente 40% das fontes de financiamento do setor agropecuário.
"As tradings geralmente são multinacionais. Se há problemas nos países onde estão localizadas as sedes destas empresas, a tendência é que haja problemas por aqui também", justificou. A presidente eleita criticou o ritmo lento de liberação dos recursos oficiais destinados ao crédito. Segundo ela, o volume de recursos liberados de julho a setembro deste ano foi de R$ 13,5 bilhões, pouco mais que os R$ 13 bilhões destinados ao crédito rural no mesmo período do ano passado. No entanto, ressaltou que, em 2008, os custos de produção aumentaram mais de 30% em relação a 2007, o que reforça a necessidade de maior montante de recursos públicos para a atividade agropecuária. "Se um produtor recebeu R$ 300 mil na safra passada, deveria receber pelo menos R$ 390 mil neste ano para conseguir cobrir os custos de produção", justificou.
As informações são da CNA.
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