"Na hora em que a floresta de pé valer mais do que a floresta derrubada, vamos conseguir consolidar números para baixo e atingir o desmatamento zero", afirmou Veronez. Ele ressaltou, entretanto, que não enxerga da parte do governo disposição para discutir uma legislação ambiental "condizente" com a importância do agronegócio para o país: "Há muita ideologia e ignorância".
Para Veronez, seria hipocrisia dizer que a expansão da soja e da pecuária não influenciou no desmatamento da Amazônia nos últimos cinco meses de 2007. Ele "relativizou" a dimensão dos 3.235 quilômetros detectados como devastados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE): "Não é para causar tanta comoção. Historicamente, não é muito. Houve uma redução significativa do desmatamento na região nos últimos três anos, e acredito que isso não vá retroceder".
Segundo ele, os erros da política ambiental do governo federal seriam a preocupação "excessiva" com punição e a criação de grandes unidades de conservação ambiental sem necessidade ou condições ideais de administrá-las. "O grande latifundiário da Amazônia é a União, que tem 75% das terras. As propriedades particulares respondem apenas por 25%", ressaltou. As informações são do Diário de Cuiabá.
Osvaldo Del Grossi
Paranavaí - Paraná - Produção de gado de corte
postado em 30/01/2008
Sempre fui a favor da tese do Sr. Assuero. Desde quando o então presidente Fernando Henrique editou a medida provisória determinando que a Amazonia passaria dos 50% para 80% de reserva legal, não foi chamado nem um proprietário para ser indenizado em 30%; mesmo os que tinham averbado 50% que é um direito adquirido. O abuso de poder generalizado deixa produtores bem intencionados na situação de marginais. No entanto os estados do sul não conseguem nem que se cumpra os 20% a serem reflorestados. No meu entender a medida provisória contribuiu e muito para desmatamento desordenado. Se houver uma viabilização nos projetos de crédito de CO2, quem sabe consigamos deter o desmatamento.