Para a senadora, a MP que complementa o novo Código traz equilíbrio entre a produção de alimentos e a preservação ambiental, o que ajudará o Brasil a continuar produzindo alimentos, biocombustíveis e florestas plantadas em 27,7% do território nacional, conservando intactos 61% dos seus biomas. Apesar de considerar que ainda há ajustes a serem feitos, ela listou vários pontos positivos na nova legislação, tanto na nova lei, como na MP, fruto do debate democrático no Legislativo, onde, segundo ela, prevaleceu a vontade da maioria.
Entre estes pontos, a presidente da CNA citou a flexibilização na recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens dos rios, cujas faixas mínimas de metragem, na maioria dos casos, irão variar de 5 a 20 metros para os rios com até 10 metros de largura, nas propriedades com até 10 módulos fiscais, e faixas máximas de 100 metros. "Na lei anterior, as faixas eram de 30 a 500 metros", lembrou. Sobre este ponto, a senadora informou que certamente serão apresentados destaques para delegar aos Estados a responsabilidade de decidir as metragens nas margens dos rios.
A senadora mencionou outros avanços do texto, como o cômputo das APPs (Áreas de Preservação Permanente) no cálculo da reserva legal, a conversão das multas em serviços de preservação ambiental, o fim da obrigatoriedade de averbação das áreas de reserva legal em cartório, e a isenção de recomposição de reserva legal nas propriedades com até quatro módulos fiscais. Os produtores terão estes benefícios a partir da adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). "Tudo isso fica resguardado e mais de 90% dos produtores saberão o que fazer e onde se enquadrarão na nova lei", afirmou a senadora. Ela destacou, também, a consolidação das atividades agropecuárias e da infraestrutura em APPs.
A senadora citou, ainda, a possibilidade de se recompor vegetação nativa nas propriedades com espécies de árvores exóticas e frutíferas, como alternativas à recuperação com espécies nativas. "É um ponto que nos ajudará muito, porque não temos sementes e mudas suficientes para fazer recomposição só com espécies nativas", justificou. Entre os pontos a serem resolvidos, ela citou a mudança no conceito de veredas que, no texto da MP, impede o uso do potencial das culturas irrigadas.
As informações são da Assessoria de Comunicação da CNA, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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