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CNA: observatório é criado para acompanhar a implantação da Lei Agrícola dos EUA e da PAC europeia

postado em 27/03/2014

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A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, anunciou nesta quarta-feira (26/03) a criação de um observatório para monitorar o processo de execução da nova lei agrícola norte-americana e da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia.

Este é um dos dados mais alarmantes do estudo “Política Agrícola dos Estados Unidos e da União Europeia: Impacto no Agronegócio Brasileiro”, encomendado pela CNA. O trabalho inédito foi apresentado nesta quarta-feira, na sede da confederação em Brasília, onde foi realizado um seminário do qual participaram especialistas e autoridades de 14 países, além do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Neri Geller, e do diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Mesquita.

O bom desempenho do Brasil no comércio externo de produtos agropecuários nos últimos anos está mais ameaçado pela nova Lei Agrícola dos Estados Unidos do que pelas recentes mudanças da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia.







(Neri Geller)

Soja, milho, algodão, trigo estão entre os produtos brasileiros mais prejudicados pelos subsídios dos Estados Unidos. No caso do bloco europeu, o que mais preocupa os produtores rurais do Brasil é a subvenção ao açúcar e aos lácteos. “Com a tecnologia, a qualidade e os preços dos nossos produtos agropecuários, nosso país é competitivo em todos os mercados. Só não podemos disputar com os subsídios que tornam a concorrência desleal”, afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. É para debater esta questão que a CNA está promovendo seminário nesta quarta-feira, 26 de março, na sede da entidade em Brasília.

Nos últimos cinco anos, a influência das políticas de subsídios no comércio internacional foi menor, porque os preços dos produtos agropecuários estavam em patamares elevados. A tendência, no entanto, é de que as cotações internacionais recuem em função do aumento da produção, especialmente nos Estados Unidos, e também porque vários países acumularam grandes estoques.

Desta forma, ampliam-se as chances de os mecanismos de sustentação de preços e rendas serem ativados pelo governo norte-americano, ampliando as distorções de mercado. Na safra 2014/2015, os preços do milho e do trigo tendem a recuar quase 15%, enquanto as cotações da soja devem cair 30%, segundo previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

A política agrícola europeia de 2013 eliminou subsídios à exportação e transformou a maior parte das políticas de apoio em pagamentos diretos aos produtores, sem considerar os níveis de produção e o tipo de produto. Apesar de as mudanças na PAC terem representado um avanço, a CNA ainda teme seus efeitos para os setores de açúcar e lácteos. Nestes casos, as atenções do Brasil estarão voltadas para a necessidade de continuidade das reformas das políticas específicas, a fim de constatar se as mudanças resultarão em distorções no mercado internacional.

Veja a apresentação do estudo da CNA sobre os impactos das políticas agrícolas dos Estados Unidos e União Européia no agronegócio brasileiro abaixo:


 
As informações são da Assessoria de Comunicação CNA, adaptadas pela Equipe Agripoint.

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