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CNA: sem novo Código Florestal, crise pode afetar agropecuária

postado em 14/12/2011

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A aprovação do Código Florestal ainda este ano poderá evitar que o setor agropecuário fique ainda mais fragilizado em 2012 diante da crise econômica mundial iniciada em 2008 nos países desenvolvidos. O alerta foi feito nesta terça-feira (13/12) pela presidente da Confederação da Agricultura do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, durante entrevista coletiva sobre as perspectivas para 2012 e o balanço de 2011 da atividade rural no Brasil.

A preocupação da senadora se refere principalmente a um cenário de pessimismo instalado na Europa e a uma possível desaceleração da economia chinesa, que nos últimos anos tornou-se um dos principais compradores dos produtos agropecuários brasileiros, principalmente soja, milho, algodão e madeira.

A presidente da CNA defendeu a aprovação da proposta de atualização da legislação ambiental na Câmara dos Deputados como forma de garantir segurança jurídica ao setor, impedindo o agravamento de um horizonte de incertezas para o setor agropecuário no próximo ano, o único setor da economia brasileira que registrou crescimento significativo em 2011. No último trimestre, a atividade rural teve expansão de 3,2% em comparação aos três meses anteriores, enquanto a economia brasileira ficou estável no mesmo período.

"Precisamos começar 2012 com essa pauta encerrada, porque poderemos encontrar uma crise pela frente, que deverá ter reflexos no Brasil. Não podemos iniciar o próximo ano com essa fragilidade", afirmou.

A presidente da CNA explicou que, com o novo Código Florestal, será possível calcular o tamanho da área a ser recomposta com vegetação nativa e as perdas econômicas para o setor dentro de um quadro se segurança jurídica, a partir da inscrição do produtor rural no Cadastro Ambiental Rural (CAR). "Apenas com a inscrição poderemos conhecer a real situação", justificou.

Ela informou que alguns pesquisadores estimam, em um cenário mais otimista, uma recomposição de 10 a 15 milhões de hectares de área. Em um cenário mais otimista, esta área a ser recuperada subiria para 30 milhões de hectares, ocasionando perdas próximas de US$ 40 bilhões. No entanto, ressaltou a senadora, o prejuízo será muito menor do que queriam algumas entidades ambientalistas, que defendiam pontos no texto que poderiam obrigar a recomposição de até 80 milhões de hectares.

As informações são da Assessoria de Comunicação CNA, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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