O algodão, cujo plantio da primeira safra deve ter início em novembro, é um dos maiores destaques de alta nesta safra: os números apontam alta entre 37,7% e 46% para o algodão em pluma, que pode alcançar 1,743 milhão de toneladas. A previsão de outubro era de alta entre 30,7% e 38,4%. Segundo a Conab, as altas cotações do algodão no mercado internacional, influenciadas pela redução nos estoques mundiais do produto, bem como pela queda na produção chinesa, estimularam os produtores.
Esta semana, os contratos futuros para março atingiram recorde em Nova York, acima de US$ 1,50 por libra peso (aproximadamente 454 gramas). As cotações pressionam o mercado brasileiro: por aqui, o indicador de preços produzido pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) subiu 6,75% entre 3 e 9 de novembro, para R$ 2,6707 por libra peso.
A estimativa de intenção de plantio da Conab prevê que a área plantada deva crescer até 36,9% nesta safra, ultrapassando 1 milhão de hectares. O plantio deve registrar maior crescimento nos estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Mas deve haver aumento até mesmo nos estados de São Paulo e Paraná.
O trigo deve ter uma das maiores safras dos últimos anos, segundo a Conab. Mesmo com a redução de 11,8% na área de plantio, a produção de trigo deve crescer 11,5% ante à colheita da safra passada, para 5,6 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, o aumento é causado pela recuperação da produtividade no Paraná e em São Paulo, que sofreram problemas climáticos na safra passada.
A soja apresenta aumento de até 3,1% na área plantada. Apesar disso, a estimativa da Conab é de que a produção nacional de soja fique ligeiramente abaixo da temporada 2009/10.
O plantio, que costuma ter início em setembro, foi atrasado pela falta de chuvas. A previsão de colheita oscila entre 67,69 milhões e 69 milhões de toneladas, enquanto na safra passada a produção atingiu o volume recorde de 68,68 milhões de toneladas.
A reportagem é do Brasil Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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