Segundo o estudo, o registro desta deficiência entre os atores da cadeia produtiva acabam por prejudicar a sustentabilidade do setor. Afeta diretamente o controle sanitário e causa o baixo interesse da participação da indústria de processamento na atividade. “Com isso, é reduzida a oferta de produtos derivados nas grandes redes e aumenta o número de abates clandestinos. Se houvesse uma integração entre a cadeia produtiva da caprinovinocultura, isso seria evitado. Teríamos uma atividade mais fortalecida”, salienta José Ronil, gerente de Agronegócios do Sebrae no Rio Grande do Norte.
A baixa participação da indústria de processamento é apontada como um dos principais entraves para o desenvolvimento da cadeia produtiva no Brasil, que produz um total de 51 mil toneladas de carne de ovinos. Os Estudos do Complexo da Ovinocaprinocultura avaliam o setor em todas as regiões onde a atividade é desenvolvida, com foco especial para o Nordeste, que abarca 56% do rebanho de ovinos e 90% dos caprinos do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o diagnóstico, a informalidade dos abates brasileiros favorece diretamente a importação de carne, principalmente do Uruguai, que envia ao Brasil cortes especiais de ovinos. “Por ter uma participação pequena da indústria de processamento, o mercado brasileiro importa produto de melhor qualidade de países como o Uruguai, onde a atividade possui rígido controle sanitário e participação efetiva da indústria. Com a interligação entre a cadeia, podemos ter um produto de melhor qualidade e evitar a importação uruguaia”, observa.
Mercado consumidor
O tamanho do mercado consumidor doméstico do Brasil atualmente é estimado em 120 mil toneladas. Isto representa uma média de 700 gramas de carne ovina por habitante ao ano. Para o gerente do Sebrae, há uma tendência de aumento no consumo do produto, mas para isso, são necessárias ações de estímulo junto ao mercado. “Temos um mercado vasto, que deve ser estimulado. O aumento no consumo é uma tendência que deve ser explorada. As ações neste sentido farão a diferença”, observa Ronil.
No Rio Grande do Norte, o Sebrae realiza uma série de ações com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da caprinovinocultura do estado. Entre elas, destaque para a realização de feiras e capacitação de criadores e o estímulo à produção de alimentos à base de caprinos e ovinos.
“Estamos sempre buscando, por meio do Programa Aprisco, promover a inserção do produto no mercado e a realização de eventos e ações que promovam o fortalecimento da cadeia produtiva. Dessa forma, estimulamos a atividade, melhoramos o rebanho e promovemos a inserção do produto na alimentação”, complementa José Ronil.
As informações são da Agência Sebrae, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
josé Carlos Rodrigues da Luz
Serra Talhada - Pernambuco - Consultoria/extensão rural
postado em 22/06/2014
Olá sr. José Ronil ! Saudações. Como recém formado em Zootecnia à nível técnico, venho solicitar-lhes algumas informações dentro do conceito utilizado e alcançado através do Estudo desenvolvido pelo Sebrae Nacional (coordenação Paraíba).Primeiramente ,se for possível, é claro , quero entender o que e quem são :
1- quais são estes gargalos existentes na atividade? 2-Quem são os elos considerados na cadeia produtiva e que prejudicam a sustentabilidade do setor? 3-Como deveria ser esta integração? 4-Quem são os atores da cadeia produtiva que causam tal deficiência ? 5- Como deveria ser esta integração entre a cadeia produtiva ?
Deixo aqui o meu e-mail: josejcluz@hotmail.com ; se preferir para suas respostas e , também para comunicar-me com outros técnicos e ou criadores do Nordeste do Brasil -berço da CAPRINOVINOCULTURA. Forte abraço.