Se os juros estacionam ou ficam menores, pode haver estímulo ao consumo. Na situação de crise financeira global, em que se teme uma recessão mundial, o aumento das compras é considerado positivo porque movimenta a economia (as fábricas produzem e se garante o nível de emprego). Por esta razão, depois da eclosão da crise, vários países no mundo decidiram, de maneira combinada, baixar suas taxas de juros.
No entanto, o BC também se preocupa em não reduzir muito os juros, porque isso poderia aquecer demais a economia, causando muito consumo e risco de inflação (quando há muita procura, os produtos tendem a encarecer). Essa foi a última reunião do Copom no ano. O próximo encontro do comitê está marcado para ocorrer ano que vem, em 20 e 21 de janeiro.
Críticas à decisão
A decisão do Copom de manter a taxa Selic foi criticada por diversos setores da sociedade. Na opinião de Armando Monteiro, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o corte de juros contribuiria para amenizar os efeitos da crise global sobre o nível de atividade e emprego domésticos, sem prejuízo do controle inflacionário. "A economia interna passa por um forte momento deflacionário, com amplo impacto nos preços em escala mundial, e há recuo na atividade interna, com desaceleração nos preços e custos domésticos", alerta.
"É absurdo manter a taxa de juros em nível tão elevado, quando a inflação está sob controle e precisamos lutar para impedir que haja uma queda brusca do crescimento", disse em comunicado o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf. "O governo brasileiro, ao insistir em não abaixar a Selic, coloca-se na contramão do que países como Japão, Estados Unidos e outros da Europa estão praticando: cortes drásticos nos juros para proteger emprego e renda", completa.
"O câmbio está se desvalorizando em razão das expectativas negativas em relação ao dinamismo da economia brasileira, inclusive no setor externo. Não há pressão de demanda interna ou externa, haja vista a redução dos preços de commodities que por outro lado é um fator que ajuda no controle da inflação. Índices recentes como o do IPCA mostram que a inflação não vai estourar a margem de dois pontos neste ano e já pode estar convergindo para o centro da meta no ano que vem", afirmou o presidente da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), Abram Szajamn.
Na avaliação da Força Sindical, a medida é um desastre, pois a crise econômica, somada a juros elevados, prejudica os trabalhadores que tentam manter seus empregos. Já para a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a manutenção da taxa básica de juros é "uma estupidez reconhecida internacionalmente". A entidade também acredita que a atitude prejudica os empregos e salários, em um momento em que devem ser prioridade. Com informações de Roberta Vilas Boas, do InfoMoney e também do portal UOL.
José Manuel de Mesquita
Monte Alto - São Paulo - Gado de Corte e de Dupla Aptidão
postado em 11/12/2008
Pois é, os juros não caem por motivos óbvios para os que comandam nossa economia.
O problema é que, não é politicamente agradavel dizer a verdade, colocaria em risco as reservas cambiais que provavelmente não sejam nossas, e sim de inverstidores estrangeiros que aplicaram na Bovespa ou no mercado financeiro em fundos de baixo risco.
Ao venderem suas ações tem 2 caminhos a seguir:
1 - Convertem os valores em US$ e se mandam para o país de origem (deteriorando as reservas).
2 - Reaplicam em papeis no sistema Bancário / Finaceiro / Estatal : com juros de 13,75% anuais, é de longe a melhor aplicação financeira de baixo risco existente na terra.
Esta situação explica o motivo pelo qual todos reclamam dos juros, inclusive o mandatário maior do condomínio chamado Brasil (Sr. Lula da Silva), e apesar disso o responsável pelo Banco Central e sua equipe continuam a manter a absurda taxa de juros em direção contrária a todas a economias do planeta e o Sr. Lula os mantém nos respectivos postos.
O risco de existir a tal da inflação de demanda causada pela queda de juros é quase nula.
Afinal estamos todos trabalhando com ociosidade maior que 50% por um único motivo: os compradores (internos e externos) desapareceram. Não há crédito/confiança sobre a real situação de nossa economia, nem do emprego dos que ainda o possuem.
Que triste sina a nossa.