De acordo com os líderes do projeto, os médicos veterinários Leandro Silva Oliveira e Fernando Henrique de Albuquerque, aquela não é uma região tradicional de ovinos comparada a Tauá, por exemplo, que tem o maior rebanho do Ceará. "Porém, apresenta potencial para o desenvolvimento da atividade e também um mercado consumidor interessante destacando-se a região metropolitana do Cariri", afirmam. Oliveira explica que estão sendo validados os sistemas de terminação em confinamento e terminação em pastagem cultivada e irrigada.
"Atualmente são 27 pequenos produtores envolvidos, que têm a ovinocultura como uma das principais atividades". Ainda em fase de finalização dos centros de terminação, o projeto não possui resultados a serem apresentados. "Mas, esperamos poder demonstrar, ao final, um modelo de produção coletiva, favorecendo o pequeno produtor de ovinos frente à cadeia da ovinocultura", concluem os líderes dos trabalhos.
Coordenado pela Embrapa Caprinos e Ovinos, o Projeto Cordeiro do Cariri é financiado pelo Banco do Nordeste e conta com a colaboração do Sebrae; Prefeituras Municipais de Farias Brito e Campos Sales, por meio das Secretarias de Agricultura; Associações de Produtores (ASCOF e ACCOCS); Associação de Moradores do Assentamento ACOCI; Universidade Federal do Ceará (UFC), Ematerce, Incra, Associação Cristã de Base (ACB), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Durante a execução do projeto estão sendo caracterizados os perfis dos produtores por meio de questionário, levantados os principais entraves na produção, com objetivo de capacitá-los para que sejam referência na produção de crias. Esta etapa do trabalho já se encontra em fase de conclusão. Também serão implantados centros de terminação, um em confinamento e outro em pastagem irrigada, que proporcionarão aos produtores ofertar ao mercado animais padronizados para o abate, agregando valor no momento da comercialização. Os centros vão possibilitar o levantamento de dados econômicos e técnicos, por meio de indicadores compatíveis com a realidade dos produtores da região, além da validação e transferência de tecnologias aos produtores, técnicos e estudantes ligados à ovinocultura.
A notícia é da Embrapa Caprinos e Ovinos, adaptada pela Equipe FarmPoint.
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