Embora o país tenha desenvolvido a tecnologia do carro bio-combustível, o motorista brasileiro ficou com a má impressão do Proálcool (programa governamental da década de 70 que incentivava o uso do carro movido a álcool), que motivava o uso do álcool em função do preço mais baixo em relação à gasolina. Mas ocorreram diversos problemas, como o mau desempenho dos carros movidos a álcool e até a falta do produto nos postos. Outro ponto negativo que este segmento enfrenta é a pressão de ambientalistas internacionais sobre a expansão da cana em áreas de preservação ou de culturas de alimentos.
"Decidimos fazer uma campanha que esclarecesse a população e incentivasse o uso do etanol", diz Jank que até o nome do combustível quer trocar. "Álcool remete a bebida alcoólica", diz ele que, para falar com a massa, escalou estrelas bem populares, como os apresentadores Luciano Huck, da TV Globo, Hebe Camargo, do SBT, e Milton Neves, da Record.
Segundo José Eustáquio, sócio diretor da agência de publicidade Talent, que assina a campanha da Unica, o investimento em comunicação de marca não é avaliado no setor agrícola como algo que agregue valor.
Outo exemplo é o da Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócios, que, a aprtir da contribuição dos seus associados, lançará uma campanha institucional programada para entrar no ar em 2008. "Queremos chamar a atenção do governo para as demandas do setor, principalmente a falta de infra-estrutura", afirma o presidente da ABMRA, Maurício Sampaio. A associação reúne produtores de fertilizantes, defensivos, máquinas e veículos agrícolas.
Sampaio disse que na última pequisa, feita há dois anos, 79% dos produtores consultados disseram que falta marketing para melhorar o agronegócio brasileiro. Para ele, a indústria do café é um exemplo a ser seguido quando o assunto é promoção. "O pessoal do café faz um trabalho muito consistente".
A cafeicultura trabalha há mais de 20 anos com campanhas de marketing institucionais. Os recursos para marketing no mercado brasileiro somam R$ 8 milhões e para o mercado internacional, R$ 5 milhões, segundo Nathan Herszkowicz, diretor da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Desde 2003, o setor possui um programa integrado de marketing, em que parte dos recursos é oriundo do Funcafé (Fundo de Desenvolvimento da Economia Cafeeira) e o restante vem do setor privado. A marca "Cafés do Brasil" é divulgada no exterior, incluindo todos os cafés brasileiros de boa qualidade.
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