"Nos últimos cinco anos, o comércio nos países emergentes cresceu em média 25% ao ano, contra 12% dos países ricos", comparou.
Para ele, a alta nos preços dos fertilizantes e a crescente especulação financeira no mercado das commodities foram mais determinantes para a elevação dos preços que a agroenergia. "Os Estados Unidos utilizam cerca de 20% de sua produção de milho para fazer o etanol. A redução dos estoques foi causada pelo crescimento da demanda mundial", destacou.
Segundo o ex-ministro, a commodity deste século será a energia. A estimativa do setor é de que a demanda mundial deverá crescer 55% nos próximos 25 anos. Rodrigues não acredita que o petróleo deixará de ser utilizado, porém os crescentes custos para extração devem reduzir a demanda. Avaliou ainda que a cana-de-açúcar é de longe a melhor opção para produzir etanol e o clima necessário para seu crescimento é mais abundante em países emergentes. "O Brasil vive uma oportunidade única para assumir a liderança na produção de agroenergia mundial. Essa mudança pode melhorar o equilíbrio entre países ricos e pobres", prevê.
O ex-ministro ressaltou o potencial de aumento da produção brasileira com as áreas da pecuária. Dos 200 milhões de hectares, 71 milhões de hectares podem ser revertidos para a agricultura. "Cerca de 20 milhões tem potencial para produção de cana. Com o restante podemos alcançar a produção de 300 milhões de toneladas de grãos", ponderou.
As informações são de reportagem de Roberto Tenório, da Gazeta Mercantil.
Marcos Salazar de Paula
Lima Duarte - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 01/07/2008
O leite vai pegar este trem? Se vai, será necessário tanto exigir qualidade quanto remunerá-la decentemente. Temos que pensar uma cadeia com produtores profissionais, satisfeitos com a atividade. Aquele escravo, fornecedor de coliformes e estafilococos, que só precisa de uma corda, uma caçamba e uma vaca para tirar leite, com certeza não vai abastecer este mercado.