Há três anos, ele visitou uma exposição em São Paulo (SP) e se apaixonou por duas raças de origem sul-africana, a Dorper e a White Dorper. Comprou um animal e, de lá pra cá, passou a figurar no circuito nacional, adquirindo animais consagrados, de cabanhas tradicionais, especialmente do Nordeste e Sudeste, onde estão os grandes bancos genéticos dessas raças.
Contando entre doadoras, reprodutores, matrizes, receptoras e time de pista seu plantel gira, atualmente, em torno de 400 animais, incluindo o rebanho comercial, de onde saem alguns cordeiros para abate. Mesmo em meio a tantas dificuldades decorrentes da barreira sanitária, Teixeira conseguiu divulgar seu trabalho. “Sofríamos demais por estarmos numa região classificada como de risco para aftosa. Poucos queriam ou tinham condições de transitar animais para fora de Pernambuco. Para que isso acontecesse, eu costumava mobilizar os colegas e até assumir responsabilidades para representar Pernambuco em outros estados”, diz o criador.
Em 2011, por exemplo, quando ocorreu em Salvador (BA), a Exposição Nacional das Raças Dorper e White Dorper, houve pouca representação de criadores dos demais estados nordestinos. Até mesmo os colegas com mais prestigio de Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte deixaram de participar com animais. “Nossa presença era mais que obrigatória. Juntei animais de meus colegas, fizemos a quarentena, botei tudo no caminhão da Constelação e partimos para o evento. O mesmo aconteceu na Nacional de 2012, realizada no Espírito Santo, quando conseguimos, inclusive, levar um número ainda maior de animais e criadores. Sempre fui muito otimista, mas a lei de mercado é soberana: custo deve se pagar com a venda dos animais. Antes, era quase impossível girar esse mercado. Focávamos nas demandas da região”, afirma.
Agora que Pernambuco encontra-se numa situação equivalente à da maioria dos estados brasileiros, o trânsito animal será livre e sem custos adicionais.
Relação entre genética e produção de carne
Pernambuco, assim como outras Unidades Federativas, absorve toda a carne ovina que produz, seja ela de cordeiro ou carneiro. Segundo Roberto Teixeira, aos poucos, a qualidade desse produto é aperfeiçoada e em um futuro próximo chegará ao padrão desejado pelos consumidores dos grandes centros urbanos. “Com a queda das barreiras sanitárias, o produtor se movimentará mais nesse sentido e a atividade vai se organizar”, diz.
Para fornecer a carne desejada pelo mercado, é preciso investir em melhoramento genético, ou seja, comprar reprodutores que, comprovadamente, resultem em cordeiros precoces, com alto rendimento de carcaça e qualidade de carne.
As informações são da Agência Último Instante, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
josé Carlos Rodrigues da Luz
Serra Talhada - Pernambuco - Consultoria/extensão rural
postado em 22/06/2014
Olá Senhores!
Devemos nos alegrarmos com esta conquista em Pernambuco. Embora ainda devamos lutar muito para conseguirmos instalações adequadas para o abate digno de produtos aceitáveis para o consumo legal aprovado por órgãos como: o SIE e o SIF e, principalmente em recuperarmos os abatedouros municipais que é a grande vergonha a gerar doenças piores até que a aftosa com os altos indices de bactérias que os produtos ficam expostos antes de serem oferecidos ao mercado consumidor. A Minha pergunta é : Quem irá nos ajudar a vencer esta batalha? Será que devemos esperar também pela Organização Mundial de Saúde Animal ? Forte Abraço.