Se os preços de energia continuarem altos, o Banco Mundial diz ser improvável uma queda significativa nos custos dos alimentos. "Desta maneira, a maioria dos países não poderá proteger seus consumidores [dessas altas]", diz o documento do organismo.
A FAO vem alertando sobre o risco de uma "tensão social" nos países em desenvolvimento, causada pelo aumento do preço dos alimentos, decorrente do uso de produtos agrícolas para fabricação de biocombustíveis, informou reportagem da Folha de São Paulo.
Vários países vêm adotando medidas para tentar restringir o impacto dos preços dos alimentos em suas economias. A China, por exemplo, cuja inflação atingiu o seu mais alto nível em 11 anos (6,9% em novembro passado), anunciou em dezembro o fim dos incentivos fiscais para exportações de 84 produtos agrícolas.
No Brasil, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, acredita nos preços firmes para as commodities agrícolas em 2008, devido principalmente à redução na oferta dos produtos com a aplicação na produção de etanol, como o milho nos Estados Unidos. Segundo informações do Estado de São Paulo, o ministro prevê que os preços também serão sustentados pelo crescimento econômico dos países em desenvolvimento, no aumento da expectativa de vida das pessoas e ainda na redução da oferta em decorrência das questões climáticas.
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