A venda direta do leite de cabra ao consumidor, segundo alguns produtores, se de um lado elimina o intermediário e agrega o valor da comercialização do produto, por outro insere custo para essa venda, tanto financeiro, como estrutura física, como em tempo dedicado. Além disso, com a verticalização total, o pequeno e médio produtor rural acumula as funções na propriedade, principalmente de agricultor - ressalta Luís Carlos Gouvêa, orientador dos alunos do curso técnico em agroindústria da UFV responsáveis pelo primeiro protótipo do equipamento.
A primeira amostragem da máquina recebeu do Sebrae o Prêmio Técnico Empreendedor, em 2008. Com a procura de empresas pela tecnologia, o professor conta que foi possível fazer aperfeiçoamentos. A princípio, a máquina funcionava através de energia elétrica. Luís Carlos conta que, a pedido do Sebrae, o quarto protótipo do equipamento foi adaptado para energia a gás por conta da falta de eletricidade no Nordeste.
Feita de material inox, o aparelho possui um sistema de pré-secagem que retira em torno de 50% da umidade do leite em banho-maria. Isto porque o leite não pode ser fervido durante o processo de secagem, para que não haja desnaturação das proteínas. Concentrado, o produto é colocado em uma câmara de secagem ligada a um atomizador, onde ocorre a total evaporação da água. Para transformar 2 litros do leite pastoso em pó são gastos 20 minutos.
Esse é uma técnica inovadora, já que no Brasil não temos máquinas apropriadas para a secagem de leite direcionadas para pequeno e médio produtor. Para se ter uma ideia, a máquina mais barata que temos hoje no mercado custa em torno de R$120 mil. Trabalhamos com a aprovação da Anvisa. Então, hoje a nossa deve sair em torno de R$10 a R$12 mil - destaca Luís Carlos.
As informações são do Portal Dia de Campo, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
A máquina já está disponível no campus Florestal da UFV. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (31) 3536-3327.
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