"A retomada das exportações da Argentina vai ter um impacto negativo nas cotações das commodities, todos os exportadores de produtos agrícolas vão perder. No caso do Brasil o País deve sentir mais nos mercados de carne e soja, nos quais concorre diretamente", avalia José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Para Castro o impacto maior deve acontecer na próxima safra, já que com a retomada da rentabilidade os agricultores argentinos serão estimulados a aumentar o plantio, o que irá se refletir na oferta e conseqüentemente nos preços. A expectativa é a de que a Argentina no mínimo retome o volume de produção de milho e soja.
"O que acontece é que livre de pagar um imposto tão alto o produtor passa a ter uma margem muito maior, considerando que lá diferentemente do Brasil, o câmbio estimula, então há um ganho de preço e um ganho cambial", destacou Castro.
A China é o palco da principal disputa de mercado entre Brasil e Argentina. Enquanto os produtores vizinhos ficaram impossibilitados de exportar para os chineses a receita brasileira obtida com as exportações de grão no primeiro semestre de 2008 chegou a US$ 2,8 bilhões e o volume alcançou 6,7 milhões de toneladas, o mesmo registrado pela Argentina em 2006.
As informações são do jornal Diário do Comércio e Indústria.
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