"O resultado significa que as ações que foram adotadas de abril para cá - quando houve um pico de desmatamento - como a instalação do gabinete de crise e o envio de fiscais para os estados, tiveram impacto muito grande, porque vêm garantindo redução mensal do desmate", avaliou o diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os dados do desmatamento da Amazônia em setembro deverão manter a tendência de queda do ritmo da devastação. "A avaliação preliminar e a avaliação em campo feitas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) sinalizam que o [desmate registrado pelo] Deter de setembro será menor. A tendência de queda deve se manter, os dados são muito positivos", adiantou.
O Deter, que revela dados mensais, monitora áreas maiores de 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema registra a degradação progressiva da floresta.
A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Em 2010, a taxa anual foi 7.000 km², segundo dados consolidados em 3/10, pelo Inpe.
A estimativa preliminar, divulgada em novembro de 2010, era 6.451 km². De acordo com o coordenador do programa Amazônia do Inpe, Dalton Valeriano, a diferença de 8,5% entre a estimativa e a consolidação da taxa de desmatamento está dentro da margem de erro.
"Toda estimativa tem uma margem de erro de 10% admitida. Nos últimos quatro ou cinco anos, as estimativas têm ficado aquém do consolidado. Significa que o desmatamento está se pulverizando, novos focos estão aparecendo", avaliou.
Apesar da correção para cima, a taxa de 2010 ainda é a menor registrada pelo Inpe desde o início da série história do Prodes, em 1988. Em novembro, o Inpe deve divulgar a nova estimativa de desmatamento anual, com dados para o período entre agosto de 2010 e julho de 2011.
As informações são da Agência Brasil, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Carlos Eduardo Costa Maria
Anhembi - São Paulo - Instituições governamentais
postado em 05/10/2011
Quanto mais o agricultor e o pecuarista alcançarem um maior grau de profissionalização, com adoção de boas práticas agrícolas e o uso de uma agricultura de baixo carbono o índice de agressões às florestas e ao meio ambiente tenderão baixar consideravelmente.