Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Dilma afirma que reverá índice de produtividade rural

postado em 04/11/2010

11 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

A presidente eleita Dilma Rousseff disse ontem (03) que pretende rever o Índice de Produtividade Rural e ressalvou, no entanto, que a decisão será de ordem técnica, com base em um estudo encomendado à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). "No nosso governo, o presidente Lula pediu para a Embrapa fazer uma avaliação e definir o que a Embrapa considerava tecnicamente correto. Vou avaliar esses dados", disse Dilma.

Ela repetiu o que havia dito um ano atrás, durante um colóquio promovido pelo PT com movimentos sociais, quando foi cobrada a respeito do confronto então existente entre as pastas da Agricultura, que defendia os interesses dos ruralistas, e do Desenvolvimento Agrário, identificada com os pequenos produtores e os sem-terra. A mudança dos índices atuais, elaborados em 1980, foi uma das promessas de Lula na campanha eleitoral de 2002. Em oito anos de governo, porém, ele não cumpriu o prometido. Sob pressão da bancada ruralista no Congresso, constituída em grande parte por parlamentares do PMDB, e dos dois ministros que ocuparam a pasta da Agricultura no período, Roberto Rodrigues e Reinhold Stephanes, ele manteve os números.

A declaração de Dilma foi bem recebida pelo presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho da Silva. "Temos acompanhado o trabalho do pesquisador Eliseu Alves, da Embrapa, que considera as modernas técnicas de produção, encara a propriedade rural como unidade de negócios, avalia o mercado, em vez de utilizar apenas os conceitos de terra e trabalho, como vinha sendo feito", afirmou. Silva também elogiou as declarações da presidente eleita sobre a necessidade de melhorias nos assentamentos rurais já existentes. Ela disse: "É fundamental garantir para o assentado e o agricultor familiar uma renda monetária. Temos de fazer uma revolução no sentido de transformar os agricultores em proprietários, fazer com que seus filhos tenham acesso a educação de qualidade."

Segundo Ramalho, o melhor que Dilma pode fazer é investir nos assentamentos existentes. "Se um dia ela me perguntar, vou dizer que essa é a maneira de não se perder o que o País já investiu em assentamentos que hoje são deficientes e improdutivos." Consultada pelo Estado, a coordenação do MST não se manifestou. O site da entidade na internet destacou a parte da declaração na qual Dilma manifesta respeito pelo movimento: "Sempre me neguei a tratar o MST como caso de polícia. No meu governo, não darei margem para um Eldorado de Carajás."
Para o MST, seria um recado ao governador eleito Simão Jatene (PSDB), do Pará, Estado onde ocorreu o massacre, em 1996.

O site não publicou a parte seguinte da declaração de Dilma: "Mas não compactuo com ilegalidades, nem com invasão de prédios públicos nem com invasão de propriedades que estão sendo produtivamente administradas."

A reportagem é do jornal O Estado de S.Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Comentários

MARCOS MARTINS GOULART

Goiânia - Goiás - Produção de gado de corte
postado em 04/11/2010

Se eu fosse a Sra Dilma faria isto de imediatamente, os assentamentos que tive a oportunidade de conhecer nao produz nem mandioca.(aipim) Ai ela veria o dinheiro que esta sendo desperdicados no MST.

joel de melo

Sarandi - Rio Grande do Sul - Produção de leite
postado em 05/11/2010

ESTOU COM VOÇÊ MARCOS, OS ASSENTAMENTOS AQUI DO RIO GRANDE DO SUL SÃO IQUAIS , ELES QUANHAN TERRAS E APOS A ESCRITURA NO NOME DELES ELES VENDEN AS TERRAS E VOLTAN PARA GANHAR MAIS, COMO EMPRESARIO DARIA UMA SUGESTÃO PARA A NASSA PRESIDENTE ; NÃO DAR A TERRA E SIM VENDELA PARA OS SEM TERRA COM UM JURO BEM BAIXO, ASSIM ELES PLANTAVAN MAIS DIVERSIDADES DE PRODUTOS EM SUAS LAVOURAS, COMO EX: A PRODUÇÃO DE LEITE QUE E UMA RENDA MENSAL PARA AS FAMILIAS

Paulo Luís Gonçalves Campelo

Belo Horizonte - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 05/11/2010

Sou a favor da Reforma Agrária, desde que, os assentados sejam realmente PRODUTORES RURAIS, e não esses bandidos e especuladores que fingem estar acampados para serem beneficiados. Mesmo se os contemplados forem realmente Produtores Rurais, esses devem ter acesso ao Crédito e Assistência Técnica eficiente, só assim vejo alguma chance de dar certo, caso contrário, vai dar nisso que vemos por aí, verdadeiros bolsões de pobreza e de violência.
Invasão de terras, NUNCA.

paulo martins meira junior

Juiz de Fora - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 05/11/2010

de um lado o governo quer produtividade,do outro lado o ibama e o iff não deixam ,usarmos as partes nobres das propriedades,que são consideradas como app,declive em excesso ,topos de morro, como podemos produzir e ser produtivos,espero que a cna,e entidades competentes consigam resolver esse quebra cabeça ,antes que quebrem os produtores principalmente em areas serranas,

marcelo erthal pires

Belém - Pará - Produção de leite
postado em 05/11/2010

Onde estão os deputados e a bancada ruralista, temos que formular uma lista dos deputados que são contra à Agricultura e que votom com o MST, não é para não votar neles, só não, é para trabalhar contra mesmo, estes não deviam nem comer comida nacional !
Temos que formular estas listas desde já e que estes saibam que estas listas estão sendo preperadas....para lhes dar a chance de se redimir !
Invasão de terras, NUNCA MAIS ! ! !

Antônio Elias Silva

Campo Alegre de Goiás - Goiás - Produção de leite
postado em 08/11/2010

Não tem nada a ver exigir altos índices de produtividade. Os produtores não ostentam altos índices de produtividade pq é inviável produzir. É necessário antes criar condições para que o setor seja economicamente sustentável no longo prazo. O Brasil já exporta 30% dos alimentos que produz, não faz sentido obrigar os produtores a serem mais produtivos ainda que isso signifique que vão à falência. O foco tem de ser na criação de condições que conduzarm a produção rural à condição de atividade lucrativa; o resto é conseqüência. Nessa direção, aponto algumas medidas cabíves: fortalecimento do cooperativismo, aumento de subsídios à produção (já que é uma atividade distinta, que apresenta condições de quasi-concorrência perfeita - umas das únicas atividades a apresentar essa característica), promoção comercial, investimento em melhoria da qualidade dos nossos produtos, quebra das barreiras fito-sanitárias, disseminação de tecnologias já desenvolvidas, aumento de pesquisas, simplificação do licenciamento ambiental e processo de outorga d´ água, etc.

Como veem, pouco ou nada se discute daquilo que é relevante.

Abraço,
A Elias

Felipe Rocha Silva

Chapadão do Sul - Mato Grosso do Sul - Médico Veterinário - Prestação de Serviços
postado em 09/11/2010

Novamente a polemica dos índices de produtividade entram em cena, acredito que não vai ser fácil segurar o governo, visto que tem a maioria no senado e na câmara para aprovar estas alterações. É mais um duro golpe em nossa já sofrida e calejada agropecuária, que não suporta mais desaforos dos "Homens" de Brasília.
Vejo isto da seguinte forma: Se tenho uma propriedade, e desejar não plantar nada e não colocar animais, qual o problema? Respeitando a lei ambiental e não causando problemas aos meus vizinhos, a terra é minha a escolho o que realizar dentro dela.
E outra coisa, o próprio mercado seleciona os bons e maus produtores, e em nossos dias, com as margens cada vez mais apertadas, logo logo os maus produtores sairam do mercado deixando o lugar para produtores capacitados.

Para mim, isso é natural, não a necessidade do governo assumir esta responsabilidade.

bruno jose alves

Caputira - Minas Gerais - Produção de café
postado em 09/11/2010

Felipe Rocha, você foi curto, grosso e brilhante em sua colocação. Para comprar um pedaço de terra o governo de nada ajuda, mas na hora de desqualifica-la para então doa-la a quem nada fez para conquista-la o governo quer interferir. Quando o país tem uma produção recorde de grãos ou tem um excelente desempenho nas exportações do agronegocio, o governo vai mídia e noticia isso como se fosse mérito dele. Porém sabemos que se não fosse pela competência e insistencia de nós produtores a historia seria outra. Na minha opinião produtor rural não precisa de juros baratos, o que ele precisa é de segurança do seu investimento, garantia de renda e mercado para seus produtos. Porque as instituições financeiras possuem seguro nas suas operações, pagas pelos usuários, e a Agricultura tem que contar apenas com as bençãos de DEUS? E ainda, será que os novos indices de produtividade valerá também para os assentados e os políticos donos de terras? Na verdade o governo quer é forçar o produtor a aumentar sua renda para pagar um absurdo de imposto de renda! Já que estão tão preocupados com índices, vamos criar então o índice de investimento, por parte do governo, na agricultura. Se o governo ficar abaixo desse índice o(a) presidente perdi seu cargo. O que vocês acham?
Abraços a todos.

DARLANI PORCARO

Muriaé - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 10/11/2010

Este governo , antes de avaliar qualquer indice por parte do produtor rural, é preciso que reveja o seu índice de administração, perante a sociedade, ainda mais no setor rural. Como sabemos , devido á vários problemas como segurança , saúde, estradas, falta de lei especifica para o homem do campo, enfim nenhum pai de familia quer que seu filho fique na roça.

Luiz Renato Fraga Paes

Cachoeiro de Itapemirim - Espírito Santo - Produção de leite
postado em 17/11/2010

Senhores.
A maior função social da terra , não é o seu tamanho nem o numero de empregos que ela gera , nem um numero elevado de proprietários rurais , a maior função social da terra é a produção em qualidade e quantidade da comida mais barata do mundo aqui no Brasil . Pois é alimenta todo o nosso povo e faz superávit na balança comercial. Em uma população com 86% de urbanização , com tendêcias a aumentar esta urbanização , pois não temos politica para segurar o homem no campo pois os programas assistêncialistas e as casas populares predominam nas cidades aonde está o voto, todo o atrativo é para a cidade.
Se estão faltando empregados para o trabalho rural , também estão faltando herdeiros , afinados ao campo . As maquinas vão substituir os trabalhadores , que serão melhor remunerados e vão diminuir em quantidade e as propriedades tendem a aumentar de tamanho para ser viaveis economicamente de acordo com a sua atividade principal.
Duas coisas que nada detem ; meritocracia e lei da ofeta e procura , pois decreto socialista não resolveu nem na Russia ao custo de muitas vidas . At Luiz Renato

Mario Ribeiro Paes Leme

Caçu - Goiás - Inspeção e Fisc.Vacinação e comerc. animais
postado em 23/11/2010

Considero uma arbitrariedade,o que o ESTADO apronta com todo mundo que pelo menos tenta PRODUZIR no que adicionam como o mínimo que deverá(DEVERIA) ser produzido num terreno que ninguém ajuda a produzir. O produtor,depois de vários anos se mantendo e mantendo sua familia,com escolas e aprendizagem,até mesmo técnica,de repente se VÊ com um monte de representantes do ESTADO tentando lhe comprar a terra ou lhe tomar,o que foi conseguido com amor e obstinação desse povo brasileiro. Isto se chama aquilo:ASSENTAMENTOS ou Produção de cana de açúcar;que será que ainda vai acontecer neste PAIS?






Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade