A OMC precisa fechar um entendimento sobre como será feito o corte de tarifas de produtos industriais. Os países ricos alegam que apenas com isso é que poderão oferecer uma liberalização dos setores agrícolas.
Enquanto o Itamaraty se preocupa com a Argentina, cujo negociador-chefe de Buenos Aires, Ernesto Stancanelli, deixou claro que a OMC ainda está distante de um acordo. "O que está sobre a mesa não está de acordo com interesses dos países em desenvolvimento", adiantou, a Índia alardeia que tem o direito de abandonar as negociações. Segundo o ministro do Comércio da Índia, Kamal Nath, os pedidos do país no setor agrícola "não são negociáveis".
O grupo de 11 emergentes, que inclui o Brasil, criticou ainda a falta de equilíbrio entre o que é pedido das economias em desenvolvimento e o que é exigido dos ricos. "A ambição é onerosa aos emergentes", afirmou a África do Sul, em nome do grupo.
O Japão alertou que há muitos pontos ainda sem solução. A Turquia usou a palavra "inaceitável" para descrever a proposta. A China também está insatisfeita. Quer um corte maior das tarifas dos países ricos para poder exportar seus produtos e pede um número maior de anos para se adequar às novas regras. Para Pequim, americanos e europeus conseguirão evitar a importação de US$ 100 bilhões se a atual proposta for aceita.
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