Segundo o economista Fernando Abritta, da coordenação de indústria do IBGE, o segmento de tratores e máquinas é o que mais depende de financiamento. E como os produtores estão enfrentando altos índices de endividamento e baixa rentabilidade, acabam renunciando a novos investimentos.
Enquanto a queda do poder de compra dos agricultores provocou o recuo na produção de adubos e fertilizantes, a crise na pecuária bovina e suína - causada por problemas sanitários -, levou à queda na produção de alimentos para animais e rações, informou Jacqueline Farid, do Estado.
Segundo Abritta, um dos principais destaques no desempenho da agroindústria de janeiro a agosto é que os segmentos mais voltados para o mercado interno apresentaram bons resultados. É o caso da indústria de resfriamento e preparação de leite e laticínios (que cresceu 3,0%), beneficiamento de arroz (4,2%) e moagem de trigo (farinha de trigo e derivados, com alta de 1,5%).
Os três segmentos foram beneficiados pelo aumento da renda familiar e pela queda da inflação dos preços alimentícios, que elevaram o consumo no mercado doméstico.
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