Reavaliando os prós e contras da última reunião de abertura de mercado da OMC, quando os EUA propuseram reduzir de US$ 48,3 bilhões para US$ 22,3 bilhões o seu limite máximo para investir em subsídios agrícolas, o setor privado brasileiro diz que aceitaria que os EUA tivessem um teto de até US$ 15 bilhões ou US$ 16 bilhões, ao contrário dos US$ 12 bilhões que foram levados para a mesa de negociação. Para tanto, há a exigência de que fossem estipulados limites máximos de 10% do valor da produção por cada produto.
"Existe a flexibilidade do setor privado, podemos chegar até muito perto do que eles querem, mas não temos esperança de resolver nada este ano", afirmou o chefe do Departamento de Comércio Exterior da CNA, Antônio Donizeti Beraldo. Apesar da possibilidade de uma continuidade das negociações, Beraldo não tem expectativas para a reunião do G-20, que acontecerá em setembro, no Rio de Janeiro.
Parceira do Brasil nas negociações para redução de subsídios dos países desenvolvidos no âmbito da Rodada Doha, a Índia está se tornando um obstáculo para as ambições dos empresários brasileiros ligados ao agronegócio na redução das tarifas de importação. Isso porque, enquanto o Brasil defende a diminuição dessas tarifas, a Índia não apenas levanta a bandeira da manutenção das atuais tarifas, como busca elevá-las, para proteger seus agricultores.
A matéria é do Diário do Comércio e da Indústria, com informações da Aveworld e Porkworld.
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