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Eduardo Amato: "cuidado ao fazer rodízio de vermífugos"

postado em 27/05/2009

2 comentários
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O leitor do FarmPoint Eduardo Amato Bernhard, gerente de produto de linha ovinos da Hipra, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, enviou um comentário ao artigo "Controle da Verminose: menos vale mais". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Prezada Dra. Cecília,

Parabéns pelo excelente trabalho, que temos acompanhado de perto.

Vale lembrar, em relação ao rodízio de potreiros, o cuidado que temos que ter para não estarmos selecionando os vermes resistentes. Por isso, quando dosificamos o rebanho, não devemos passá-los imediatamente a um potreiro limpo.

Sobre o método FAMACHA, ao meu ver, sua principal e fundamental função está na identificação dos animais sensíveis à verminose, que normalmente são em torno de 5% do rebanho. Sendo identificados, estes animais deverão ser gradualmente eliminados do rebanho.

Outro ponto importante e bastante caracterizado no trabalho, é que diferentes propriedades possuem diferentes graus de resistências às moléculas existentes, devendo o criador estar atento àquelas que realmente possuem alguma eficácia em seu rebanho.

Muito cuidado também ao fazer o rodízio de vermífugos, não trocarmos apenas o nome comercial e sim o princípio ativo e a família do vermífugo, que ocorre comunmente em nosso meio, devido à grande quantidade de laboratórios."

Clique aqui para ler mais opiniões sobre este assunto.

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Comentários

Siufarne Oliveira da Silva

Figueirão - Mato Grosso do Sul - Produção de ovinos
postado em 16/07/2009

Criação de Bócio na barbela dos ovinos está ligado somente a verminose?

Qual a melhor opção de vermifugos?

EDUARDO AMATO BERNHARD

Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Consultoria e Assessoria Veterinária
postado em 17/07/2009

Prezado Sr Siufarne,

O bócio está ligado diretamente à deficiência de iodo e ocorre em rebanhos que não recebem sal mineral. É mais comum em cabritos e possui uma consistência mais firme, "semelhante a uma caxumba".

A verminose pelo parasito Haemonchus contortus, que é um verme sugador de sangue, é provocada por uma hipoproteinemia e consequente difusão de líquidos dos vasos sanguíneos, causando uma coleção desse líquido nas cavidades abdominais e torácicas e também causando a "papeira", abaixo do queixo do animail. Normalmente está seguida de anemia severa, que poderá ser observada através da mucosa ocular, gengiva, vulva etc. Esta ocorre muito mais comunmente que o bócio propriamente dito.

A melhor opção de vermífugo é aquele mais barato que faça efeito no rebanho. Hoje são muitas moléculas existentes no mercado e cada rebanho tem suas especificidades quantos àqueles que funcionam ou não. O importante é saber quais são os princípios que ainda funcionam no seu rebanho e utilizá-lo da forma correta e trocando quando necessário. Atualmente, as moléculas que melhor tem efeito sobre o Haemonchus são o Closantel, a Moxidectina, o Disofenol, o Triclorfon e o Levamisole. Existem muitas outras moléculas no mercado que posseum efeito maior contra outros tipos de vermes, que causam diarreía, pulmonares, tênias etc. O Fosfato de levamisole, na minha opinião, é o melhor vermífugo na redução da papeira, como sinal clínico. Porém, é um produto que possui um baixo efeito residual (+- 15 dias) e pelo seu largo uso, já possui uma resistência bastante elevada em muitos rebanhos.

O fundamental no controle da verminose é o correto diagnóstico e a utilização de ferramentas eficientes que nos permitam conviver com os parasitos, sem maiores prejuízos.

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