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Eduardo Amato opina sobre prevenção de "foot rot"

postado em 28/10/2009

1 comentário
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Eduardo Amato, gerente de produtos de ovinos e caprinos do Hipra, de Porto Alegre/RS, respondeu ao comentário de um leitor ao artigo "Prevenção e controle de "foot rot" - Parte II". Abaixo leia as cartas na íntegra.

Marcelo Agustini, Curitiba/PR

"Prezados senhores,

Criadores de ovinos do Reino Unido acreditam que o casqueamento é uma forma de prevenção contra footrot e o realizam frequentemente (Wassink & Green, 2001). Segundo Wassink (2003) não há evidências que suportem esta crença e Lewis & Stubbings (2003) sugerem que o casqueamento não possui papel preventivo contra foo trot.

Quando um tratamento tópico é aplicado via pedilúvio, acredita-se que o casqueamento melhore a eficácia do tratamento (Skerman et al., 1983; Lambell et al.,1986; Bagley et al., 1987), mas se as ovelhas passam frequentemente por pedilúvios o casqueamento traz pouco ou nenhum benefício comparado ao pedilúvio sem casqueamento (Skerman et al., 1983; Bulgin et al., 1986;Malecki and Coffey,1987; Casey and Martin, 1988; Jelinek et al., 2001).

Segundo Abbott e Lewis (2005) o casqueamento não possui efeito preventivo contra foot rot, ainda consideram esta prática uma perda de tempo em um programa de controle de foot rot e que só deve ser feita em animais severamente afetatos.

A foot rot pode resultar no aparecimento de cascos mal-formados ou com excesso de crescimento (Stewart, 1989), mas é importante reconhecer que o footrot é mais uma causa do que uma conseqüência destes problemas.



Eduardo Amato, gerente de produtos de ovinos e caprinos do Hipra, de Porto Alegre/RS

"Prezado Marcelo,

Como boa parte da pesquisa científica, poderíamos citar uma boa quantidade de trabalhos bibliográficos e autores que discordam entre si.

Na realidade, o que se vê na prática é que a eficácia do tratamento é muito maior quando os animais são casqueados, sendo que, por tratar-se de bactéria anaeróbica, muitas vezes, somente a aeração do casco através do casqueamento já reduz sensivelmente a contaminação e consequentemente a severidade da doença.

A revisão bibliográfica, por si só, sem um olhar crítico e isolada da prática diária, pode ser um desserviço em algumas situações."



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Comentários

Nilson Paulo Michel Missel

Cidreira - Rio Grande do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 30/10/2009

Concordamos plenamente com as informações do Dr. Eduardo Amato, pois conseguimos controle do foot rot em nossa criação de Texel, com o casqueamento frequente, aeração das lesões, em raras vezes que aparecem, e tratamento local com os produtos tópicos usuais.

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