Após o descerramento da placa, os convidados foram guiados pelo pesquisador Antônio do Egito a uma visita para conhecer a estrutura do LCTA. Egito explicou que, a partir de uma estrutura anterior, que comportava uma usina de processamento de leite caprino, foi construído um espaço que permite tanto pesquisa básica como aplicada. Ele destacou a diversidade das ações de pesquisa praticadas hoje no Laboratório que vão desde os produtos derivados do leite (queijos, iogurtes, sorvetes, doces, entre outros) e carne até estudos sobre alimentos com bactérias probióticas, micro-organismos ruminais e enzimas para produção de coalho vegetal.
Além de inauguração, os integrantes da Câmara Setorial conheceram também ações de gestão ambiental (compostagem e fossa séptica), o Centro de Formação da Residência Zootécnica e o Prédio da Pesquisa. "Para nós foi uma surpresa positiva. Sabíamos da seriedade da Embrapa, mas vir para cá e verificar o quanto se investiu para o desenvolvimento da cadeia produtiva traz uma boa reflexão à Câmara sobre a importância de se trabalhar com pesquisa e de fortalecer, junto aos governos, políticas que resultem em maior adesão dos produtores a essas ferramentas disponíveis", afirmou o presidente da Câmara Setorial, Edilson Maia.
Para Arnaldo Vieira Filho, presidente da Associação Paulista de Criadores de Ovinos (Aspaco), a visita da Câmara Setorial à Embrapa Caprinos e Ovinos foi "muito proveitosa". "Fiquei impressionado com as estruturas física e de recursos humanos. Conhecíamos muitos esforços da Embrapa, mas nem sempre se consegue visualizá-los", afirmou ele. Para Arnaldo, é interessante que a Câmara Setorial realize outras reuniões em espaços de contato com o setor produtivo. "Onde se vai uma semente é plantada, pela nossa possibilidade de levarmos apoio e incentivo, dando andamento à nossa missão de consolidar caprinocultura e ovinocultura no Brasil", destacou ele.
Laboratório de Ciência e Tecnologia de Alimentos
O Laboratório de Ciência e Tecnologia de Alimentos é um complexo de cinco laboratórios: Processamento de Leite e Derivados, Bioquímica, Microbiologia, Análise Sensorial e Físico-Química. Esta estrutura possibilita análises em bactérias probióticas em produtos lácteos; físico-química de leite e derivados e cárneos; bioquímica de leite e derivados e cárneos; proteases vegetais; contaminantes e patógenos em alimentos lácteos e cárneos. Na estrutura, foram investidos R$ 900 mil, em recursos do Governo Federal. Outros R$ 429 mil foram investidos na compra de equipamentos, entre recursos do PAC Embrapa, emenda parlamentar da bancada federal cearense e projetos de pesquisa.
No LCTA atuam hoje seis pesquisadores e quatro laboratoristas, que atuam no desenvolvimento de tecnologias para agregar valor ao leite, aumentar o tempo de prateleira dos produtos, oferecer diferenciais nutricionais e funcionais, estimular o apelo comercial e a geração de emprego e renda dos produtos. Cerca de 40 produtos já foram criados e estão disponíveis para apropriação por pequenos, médios e grandes produtores. Parte destes produtos estão descritos em comunicados técnicos da Embrapa Caprinos e Ovinos que podem ser acessados clicando aqui
As informações são da Embrapa Caprinos e Ovinos, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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